Subi ontem a uma casa onde o Grande Oleiro não havia trabalhado.
Lá encontrei dois vasos velhos e rachados, e de sujos que estavam não podiam ser usados.
Quão diferente poderia ter sido a condição daqueles vasos!
Se tão somente tivessem deixado as mãos habilidosas do Oleiro fazer neles o seu trabalho.
Mas afinal, eles não acreditaram.
Temeram e pensaram que Ele não poderia restaurá-los.
Ou então calcularam o preço que deveria ser pago, e não se dispuseram a pagá-lo.
Porque sabiam que deveriam ser quebrados e moídos, para serem feitos novos vasos.
O Oleiro derramaria na mesma massa ressecada a água maravilhosa da Sua graça.
Com ela amoleceria o barro e formaria um vaso tão forte, no lugar daquele que antes era desprezível e fraco, e o encheria para um grande uso honrado, com a excelência do poder do Seu Espírito.
Preferiram entretanto permanecer abandonados, envelhecendo num canto da casa até que viessem por fim a ser queimados.
Triste estória é esta, que chega a doer na alma, ver vasos que foram tão queridos,
que foram feitos para amar e serem amados, resistir até o fim Àquele que lhes havia criado.
Pr. Silvio Dutra