O Espírito Santo nos liberta da escravidão ao pecado, mas a carne sempre tenta nos chamar de volta à sua servidão. Por isso importa que se ande sempre no Espírito para que não sejamos vencidos pela carne. Todavia, antes que atinjamos a plena libertação da carne na glória do céu, sempre estaremos em luta com este inimigo: a nossa natureza terrena sujeita à ação do pecado.
Como é esta a realidade para qualquer cristão, então nenhum deles deve se desanimar com o fato de ser lenta e gradual a mortificação do pecado, de forma que a nova criatura fique cada vez mais forte, e o velho homem cada vez mais fraco.
Foi implantado em cada cristão este princípio ou lei do Espírito da vida em Cristo Jesus, Rom 8.2, de maneira que sempre terão esta permanente capacitação recebida do Espírito Santo para poderem combater e vencer as paixões e concupiscências da carne, Gál 5.24.
A carne é fraca, ou seja a nossa natureza terrena corrompida pelo pecado, para cumprir o propósito de Deus em nosso viver, mas o espírito está pronto, quando vivificado pelo Espírito Santo, ou seja, ele é forte para nos levar a superar a fraqueza da carne, de maneira que em vez de seguirmos o pendor (inclinação) da natureza terrena que nos arrasta para o pecado e à morte espiritual, sigamos o do Espírito que conduz à vida e à paz, Rom 8.6-13.
O pecado sempre nos assediará tenazmente, enquanto vivermos aqui embaixo, mas ele não reinará em nós, porque foi destronado por Cristo, e agora quem reina é a sua graça, Rom 5.21, de modo que o Espírito Santo sempre manterá um combate permanente contra o pecado.
Deus poderia subjugar o pecado de uma vez por todas no momento mesmo da nossa conversão a Cristo, assim como ele o fará quando formos para a glória do céu. Mas, para provar a nossa obediência a ele, e para nos exercitar aperfeiçoando a nossa fé e maturidade espiritual, permite que participemos em cooperação com o Espírito Santo, na luta contra o pecado, enquanto estivermos deste outro lado do céu.
E por este conflito permanente contra o pecado, nas vitórias sucessivas que temos sobre ele, ou até mesmo pelas derrotas que podemos sofrer em algumas batalhas – que ocorrem quando descuidamos da vigilância, da oração e do andar no Espírito, – somos ensinados por Deus quanto à nossa completa dependência da Sua graça para que possamos viver de modo agradável a ele.