“E lhes darei um só coração, e porei dentro deles um novo espírito; e tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne, para que andem nos meus estatutos, e guardem as minhas ordenanças e as cumpram; e eles serão o meu povo, e eu serei o seu Deus.” Ezequiel 11:19-20.
A Salvação é graças ao Senhor do início ao fim! A Palavra da promessa não deixa dúvidas acerca da manifestação de Deus para salvar o homem de seus pecados. Quando Deus olhou para a humanidade e a sua corrupção interior, comparou o coração dos homens à pedra. Não há nada de sensível em um pedaço de pedra: ela é inerte, sem expressão, sem desejos e permanece imóvel a menos que algo exterior provoque nela algum movimento.
Deus descreve o homem que ainda não se converteu como possuidor de um coração de pedra, porque é exatamente nesse estado em que ele se encontra: inerte diante do bem, insensível para a vontade de Deus, sem desejo de receber a Graça e o Conhecimento de Nosso Senhor, incapaz de mover-se em direção Daquele que pode mudar sua condição.
Todos nós possuíamos um coração como esse, duro como pedra. Contudo, algo, em algum momento, mudou em nós. Assim como a pedra somente pode se mover se algum fator externo a impulsionar, algo também exterior a nós nos impulsionou para frente, agitou e moveu em nosso duro coração com força, desfazendo a insensibilidade e frieza do nosso interior. Sabemos que é impossível que a pedra se transforme em carne por sua própria natureza, pois pedra sempre será pedra. Mas esse agente transformador tem o poder de mudar o coração do homem, fazendo-o Nova Criatura: “Pelo que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” II Coríntios 5:17.
Essa é exatamente a operação que o Espírito Santo faz dentro de uma pessoa chamada à Salvação. Sendo o próprio Deus, Ele retira o coração de pedra pela pregação do evangelho e coloca no lugar um coração de carne, capaz de sensibilizar-se diante do pecado, desejando ardentemente ser livre de sua escravidão e corrupção. Então, através de tal sentimento interior, produzido pelo novo coração que recebemos do Pai, Ele nos apresenta a Cristo: “Mas sobre a casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e de súplicas; e olharão para aquele a quem traspassaram, e o prantearão como quem pranteia por seu filho único; e chorarão amargamente por ele, como se chora pelo primogênito” Zacarias 12:10.
Ao nos fazer olhar para Cristo, torna-nos também inclinados a obedecê-Lo, removendo em nós os desejos carnais (da velha natureza) e produzindo novos sonhos, planos e projetos de vida, onde Jesus é sempre o Cabeça e o Inspirador da nova vontade renovada pela Graça: “Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, visto que se achava fraca pela carne, Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança da carne do pecado, e por causa do pecado, na carne condenou o pecado, para que a justa exigência da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito” Romanos 8:2-4.
Desta forma, aceitar a Cristo como Senhor provém tanto de Deus quanto todo o restante da Salvação. Ninguém se dobraria a Ele se Ele não dobrasse a vontade do homem, mudando seu coração. Como em Gênesis, tanto o Pai, Filho e Espírito Santo estiveram atuantes na criação do homem (leia Gênesis 1:26), assim também na salvação os três se fazem presentes e atuantes: O Pai conduzindo-nos a Cristo, operando pelo Espírito, e o Filho salvando pela sua morte os que estavam com o endurecimento da morte em seus corações.
“Cria em mim, ó Deus, um coração puro, e renova em mim um espírito estável” Salmos 51:10.
Que Deus os abençoe em Nome de Jesus Cristo!
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