Temos uma saga emocionante na historia de Elias e Eliseu. Eu quero aqui poder refutar uma “doutrina” que está sendo pregada por alguns. Algumas pessoas afirmam que a unção pode ser transferida. Ok! Mais qual o tipo de unção é transferível?
Eles utilizam essa passagem para dizer que se alguém servir a eles, os mesmo podem impor as mãos e transferir uma “unção” para eles “continuarem o ministério”. Bom, que a unção é transferível ela é, mas que um homem pode escolher para quem ela vai ser transferida isso não existe.
Não encontramos em nenhuma parte da bíblia versículos que apoiam a “herança paterna espiritual”. Não existe essa historia de eu escolher uma pessoa que me agrada e treinar ela para assumir meu chamado simplesmente por que eu quero aquela pessoa. Ouvi um pastor pregar isso, e quando fui mostrar-lhe que estava errado expulsou-me da sua igreja. Afirmou que queria apenas pessoas que obedecessem rigorosamente ao que ele falava.
Desculpa a franqueza, mas se o camarada prega uma mentira, deveria eu seguir? Uma mensagem pregada errada não deveria ser posta em julgamento? Se até as mensagens que estão corretas devem passar por julgamento minucioso da palavra de Deus, quanto mais uma mensagem baseada em falácias de líderes que estão fazendo discípulos de si mesmos e não de Jesus.
Atos 17:11 – Ora, estes eram mais nobres do que os de Tessalônica, porque receberam a palavra com toda avidez, examinando diariamente as Escrituras para ver se estas coisas eram assim. O problema é que hoje o povo empurra pra dentro do “bucho” toda coisa que sai do altar. Francamente sejamos como os de Beréia, que foram chamados de nobres, por examinarem as Escrituras.
Então não existe esta historia de que se você servir bem ao pastor, ele vai compensar você com uma unção ministerial. Isso é mentira. E é o motivo de muitas igrejas estarem acabadas, na podridão. Imagina se um bombeiro passasse um receituário para você, ou um medico fosse tentar levantar um prédio para você morar?
Não existe a menor coerência nisso tudo. Um médico deve ficar no consultório, o bombeiro no quartel e o pedreiro levantando o prédio. Agora vamos aprender com a vida de Elias e Eliseu uma lição poderosa, tanto para refutar essa ideia de “unção paterna” como aprendendo a receber a unção caso você tenha um ministério qualificado em apóstolo, profeta, evangelista, pastor e mestre.
Elias foi um profeta, tesbita e morador de Gileade. A unção que estava sobre Elias era enorme. Os céus obedeciam a sua voz, milagres extraordinários eram feitos, rios se abriam e outras coisas mais. Era notório o “maná cozido” na vida de Elias. Mas o Senhor estava perto de tomar Elias para junto dEle. E então o Senhor disse:
E o Senhor lhe disse: Vai, volta pelo teu caminho para o deserto de Damasco vem e unge a Hazael rei sobre a Síria.
Também a Jéu, filho de Ninsi, ungirás rei de Israel e também Eliseu, filho de Safate, de Abel-Meolá, ungirás profeta no teu lugar.
Elias não escolheu ao acaso a Eliseu, mas o próprio Deus deu ordenado para Elias. Elias deveria tomar Eliseu consigo e treiná-lo. Não foi escolha de Elias tomar Eliseu. Aprenderam? Vou repetir.
Elias Não Escolheu a Eliseu, Mas o Senhor Escolheu a Eliseu.
Elias foi apenas o instrumento utilizado para “afiar” a Eliseu. Este deve ser o dever de todo líder; afiar aqueles a quem o Senhor chamou para o ministério.
Bom, derrubamos de vez a história de que se um líder escolher uma pessoa por que ela o serve bem, ou obedece ele cegamente pode impor as mãos sobre o servo e delegar um chamado sem que Deus o tenha ordenado.
Eliseu serviu a Elias, observou de perto a cada movimento de Elias. O seu modo de buscar a Deus, a forma como lidar com as situações que sobrevinha, Eliseu observava e aprendia. Eliseu chamado por Deus para ser profeta no lugar de Elias, aprendeu a arte de servir a Deus com sinceridade e de apenas falar o que o Senhor mandara. Eliseu, porém havia de pagar o preço pela unção. E pagando o preço da unção poderia pedir ousadamente:
“Haja porção dobrada de teu espírito sobre mim.”
Quantos concordam que o espírito de Elias nada pôde fazer durante seu ministério? E quantos concordam que o Espírito Santo foi o operador na vida de Elias? Então o que se passa aqui? Estaria Eliseu pedindo a unção de Elias, ou a unção do Espírito Santo que estava sobre Elias? Em outras palavras, Eliseu pediu apenas duas vezes mais unção do que tinha sobre Elias. Ele havia pagado o preço, e podia pedir a unção.
Elias disse que Eliseu tinha pedido uma coisa dura; a palavra usada aqui é “quashahque” quer dizer duro, árduo, severo.
O que Eliseu na verdade pediu a Deus por meio de Elias, afinal de contas Elias era um intermediador entre os homens e Deus, (Hoje temos apenas um intermediador que é Jesus. E quando chegamos para Ele e pedimos unção, ou unção dobrada é uma coisa dura que pedimos.)
Eliseu queria apenas trabalhar mais do que Elias. Quero dupla porção do teu espírito, quero trabalhar mais do que você trabalhou; quero fazer mais por esse povo do que você fez.
Ao pedir isso, Eliseu tinha de ver Elias subir aos céus, caso não visse não receberia a unção. Isso nos move a ter os olhos fitos em Jesus, a não deixar Jesus por nada, caso contrário, à unção não pode vir sobre nós.
Elias não ia a lugar algum sem que Eliseu não fosse atrás. Eliseu não perderia a oportunidade de receber a unção e operar em um nível ainda maior do que Elias.
Quando temos um chamado, ou percebido por nós mesmo, ou percebido por algum homem de Deus, devemos ter um tutor espiritual para nos auxiliar. Eliseu aceitou isso de Elias e recebeu a unção dobrada.