Nenhuma santificação, nenhum crescimento espiritual, nenhum aumento no conhecimento de Jesus nos virá sem que seja buscado com diligência, através dos meios de graça estabelecidos por Deus para este propósito: orar, vigiar, jejuar, meditar e praticar a Palavra, congregar regularmente com outros irmãos na fé etc.
Devemos ter um conhecimento pleno da vontade de Deus, em toda sabedoria e entendimento espiritual.
Não um mero conhecimento intelectual, mas um conhecimento espiritual e pessoal de intimidade com o Senhor, no qual devemos progredir em graus cada vez maiores.
Crescer na graça e no conhecimento de Jesus é um dever que está imposto aos seus discípulos, para durar por toda a vida.
Para tanto é necessário estar confirmados na força da graça que Deus supre de acordo com o poder da Sua glória, para que possamos perseverar na fé e ser longânimos com alegria (Col 1.10,11).
A longanimidade é a graça necessária para nos tornar pacientes e tardios em nos irarmos em razão das ofensas que recebemos e de todo o mal que testemunhamos no mundo.
A verdadeira longanimidade guardará o nosso coração em paz, e livres de julgarmos pessoas e situações com juízo ácido e hipercrítico
Deus está sendo completamente longânimo para com todos nesta dispensação do Evangelho – a da graça.
Ele não está imputando aos homens as suas ofensas enquanto eles vivem no mundo, na expectativa de que se arrependam do pecado e se convertam a Cristo, para serem perdoados e salvos.
Importa que todos os cristãos sejam imitadores de Deus neste e em muitos outros sentidos evangélicos, de modo que não atuem como juízes de um mundo que se encontra em trevas, senão como sacerdotes que intercedem junto a Deus em favor dos pecadores, sendo luz para os que se encontram perdidos, de maneira que possam ter um encontro pessoal com Jesus.
Foi nele que “foram criadas todas as coisas nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele.”.
O Cristo que nos salva é o Senhor de tudo e de todos.
Ele exerce domínio sobre todas as coisas porque é o Criador e tudo foi criado não somente por Ele, mas para pertencer a Ele.
Desde toda a eternidade o Pai constituiu o Filho herdeiro de todas as coisas.
Por isso, a Jesus foi dada toda autoridade tanto nos céus quanto na terra.
O Pai lhe constituiu Senhor de tudo e de todos para que exerça o domínio através do qual Ele é honrado, porque importa que o Filho seja honrado tanto quanto o Pai é honrado.
De maneira que aquele que não honrar o Filho não estará honrando o Pai, como se lê em Jo 5.23.
“para que todos honrem o Filho, assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho, não honra o Pai que o enviou.”
Foi do agrado do Pai que toda a plenitude estivesse no Filho e por isso O deu como Senhor de todas as coisas e cabeça da Igreja.
Quando a Bíblia se refere à Igreja, o que está em foco não é nenhum templo, instituição, denominação religiosa, mas todos aqueles que se convertem a Cristo.
Por ser Seu corpo, toda vida espiritual verdadeira que houver na Igreja terá procedido dEle como Cabeça deste corpo.
É por isso que se não permanecermos nEle, a vida divina não fluirá em nós e seremos achados como mortos, espiritualmente falando.
Esta permanência deve ser buscada com diligência. Caso contrário, a mínima tentação ou qualquer outro tipo de provação nos afastará dEle.