É verdade que a Palavra de Deus nunca incentiva ou aprova a prática do pecado, nem mesmo a justifica em qualquer caso, como de fato não o poderia, porque Deus detesta o pecado.
Mas entre aquilo que não deve ser acolhido ou aprovado, e aquilo que se vive na prática, vai a distância do infinito, porque enquanto neste mundo, não há quem não peque em pensamentos, palavras, atos ou omissões.
A natureza humana em si mesma é uma fonte continua de pecados, e por isso todo aquele que se converte a Cristo e que busca santificar-se, terá sempre que estar no trabalho de cortar todos os dias as cabeças desta hydra de milhares de cabeças chamada pecado, que ainda que cortadas, podem ressurgir depois de algum tempo, e novamente terão que ser submetidas ao golpe da espada da Palavra de Deus, no poder do Espírito Santo.
Com isto aprendemos sabedoria no trabalho de auxiliar-nos a nós mesmos e àqueles que lideramos, na busca do aperfeiçoamento espiritual esperado por Deus.
Porque a realidade com a qual lidamos, e que também era a mesma na Igreja Primitiva, é a de que o crescimento espiritual leva tempo, e não há esta coisa de congregação cristã sem defeito.
O apóstolo Paulo disse aos cristãos coríntios que apesar da muita carnalidade que havia naquela igreja, continuaria no trabalho de se gastar por amor a eles, para o bem de suas almas, para conduzi-los, com paciência, ao aperfeiçoamento em santidade.
Especialmente com os que são jovens, devemos ser muito longânimos e pacientes, sabendo que somente com o passar do tempo, poderão alcançar a maturidade espiritual, depois de possíveis quedas e interrupções na sua carreira cristã, que podem acontecer, a par de não serem de modo algum desejadas.
O pecado que ainda predomina hoje, será certamente extirpado e dominado pelo Espírito Santo.
Tenhamos por meta, como um objetivo a ser perseguido, o de pecado zero, sabendo de antemão que isto somente poderá ser alcançado em plenitude quando estivermos na glória celestial.
Traçar este alvo é importante, porque enquanto aqui vivermos não devemos dar trégua ao pecado, e estamos encarregados por Deus do dever de mortificá-lo e nos despojarmos dele, porque foi para este fim mesmo que Jesus morreu por nós na cruz.