Os filósofos sofistas antigos buscaram uma forma mais elevada e nobre de se viver, pela via da prática das virtudes morais.
Eles e os seus seguidores fizeram de fato uma escolha melhor do que aqueles que gastam a vida em prazeres carnais sem se importarem em ser virtuosos.
Todavia, tanto os primeiros quanto os últimos não toparam com o verdadeiro sentido da vida, por esta via. A vida plena não é achada na moralidade filosófica porque esta pode ser de cunho legalista ou qualquer outro que não esteja necessariamente ajustado ao modelo supremo da vida humana perfeita, que se acha somente na própria pessoa de Jesus Cristo.
É nele que temos o paradigma da justiça evangélica que é cheia de misericórdia, amor e paz. É nele e no seu próprio poder vital que achamos a única força graciosa que pode nos transformar à imagem e semelhança do seu caráter santo e reto.
É somente nele que podemos obter perdão para as nossas ofensas e a justificação que nos reconcilia com Deus. Enfim, nada da vida que permanece para sempre pode ser achado aparte da comunhão com Cristo.
Pela aplicação da mera lei e da moralidade a mulher adúltera que lhe fora trazida no passado, teria sido apedrejada; a prostituta na casa do fariseu Simão teria sido expulsa sem ter achado nele a salvação da sua alma; e nenhum dos pecadores dos quais fez seus apóstolos e discípulos, sequer poderiam ter se aproximado dele, pois era completamente puro e santo.
Por isso ele requer de todos os que são seus seguidores que perdoem os seus ofensores; que sejam misericordiosos assim como Deus é misericordioso para com eles próprios; que tenham um padrão de justiça que exceda em muito o daqueles que simplesmente se ocupam em fazer valer friamente a lei – evidentemente, não para punir a si mesmos, senão para os demais; porque o egoísmo e fraqueza da natureza terrena, não lhes permite que cheguem a tanto, a saber, a viverem o padrão da justiça do evangelho.