Quão amoroso, bondoso, paciente, gentil, longânimo, misericordioso é o nosso Deus. Não há quem possa lhe ser comparado em seus atos graciosos para conosco, não somente pelo fato de nos ter criado, como também por ter provido toda a sorte de coisas que nos são boas e agradáveis, bem ajustadas a todas as nossas necessidades.
Ele nos dá abundância de água e de alimentos agradáveis ao paladar. Preserva a nossa vida por longos anos, e pôs um princípio renovador e restaurador em nossos corpos para vencerem variadas formas de enfermidades e acidentes que lhes possam acometer.
Ele também nos dotou de habilidades para manifestar alegrias, emoções, sentimentos, e compreensão racional para nos relacionarmos com tudo o mais na criação que ele fizera, e uns com os outros.
Todavia, o maior e melhor propósito da nossa criação foi prejudicado e interrompido por causa da entrada do pecado no mundo, pois este seu propósito eterno está relacionado ao conhecimento da sua própria pessoa divina, e nisto chegaríamos ao conhecimento real e adequado de nós mesmos, por um crescimento progressivo de nosso próprio espírito na obtenção de todas as virtudes que estão em Cristo.
Foi para a retomada do cumprimento deste propósito que Jesus veio ao mundo para morrer em nosso lugar, para que, uma vez sendo satisfeita a exigência da justiça de Deus em relação à penalização do pecado, que foi quitada por Cristo para nós, possamos ser reconciliados com Deus para a realização plena do seu propósito em nossas vidas.
Não podemos esquecer a grande verdade de que o Deus criador dos céus e da terra, é espírito, e assim, quando se fala em termos sido criados à sua imagem e semelhança, é evidente que isto não se refere ao nosso corpo físico, mas a esta vida espiritual que está escondida com Cristo e que podemos receber somente por meio da fé nele.
Apreciemos as coisas naturais criadas, quer visíveis ou invisíveis, mas tenhamos o devido cuidado de não ficarmos parados no caminho da jornada espiritual que nos compete cumprirmos, por permanecermos encantados admirando a criação, ou fazer dela o nosso único e grande objetivo de vida, e assim virmos a perder o supremo alvo da nossa criação, por ignorá-lo ou não manifestar o devido interesse por ele.