Escreve ao anjo da igreja que está em Éfeso: Isto diz aquele que tem na sua destra as sete estrelas, que anda no meio dos sete castiçais de ouro. Eu sei as tuas obras, e o teu trabalho, e a tua paciência, e que não podes sofrer os maus; e puseste à prova os que dizem ser apóstolos e o não são e tu os achastes mentirosos; e sofreste e tens paciência; e trabalhaste pelo meu nome e não te cansaste. Tenho, porém, contra ti que deixaste o teu primeiro amor.
Quanta coisa boa disse Cristo da igreja de Éfeso no princípio de sua mensagem! “Eu sei as tuas obras”. Ele não apenas tinha conhecimento da palavra de Deus nela, senão também das suas obras. E não eram obras ordinárias não, senão grandes e difíceis de fazer. Por causa de Cristo ela também havia passado por perseguições, mas as resistiu com firmeza, e perseverou com paciência no trabalho do Senhor.
Ademais, não deixou de praticar a disciplina na congregação, examinado aos que ensinavam e pregavam. Deste modo ela rejeitou os falsos profetas. Ela tampouco “podia sofrer (suportar) os maus”, senão que se lhes opunha. A igreja Tinha um alto grau de conhecimento que lhe permitia provar aos espíritos.
Um pouco mais adiante, no versículo 6 desta passagem, Cristo menciona outra boa qualidade desta igreja: “Tens, porém, isto: que aborreces as obras dos nicolaítas, as quais eu também aborreço”. O Senhor Jesus lhe dirige todos estes elogios. E o que Ele elogia e reconhece, com certeza tem que ser bom, excelente, e verdadeiro. Em síntese, nós diríamos que a igreja de Éfeso era uma igreja muito boa. Só que havia um detalhe, algo interno, íntimo, uma falta que ninguém, exceto Cristo podia ver. Uma falta mui grave: “Tenho, porem, contra ti que deixaste o teu primeiro amor”. E por essa falta o Senhor pronunciou uma terrível ameaça sobre a igreja de Éfeso.
O chamado ao arrependimento ainda era uma demonstração da misericórdia de nosso Salvador. Porque Ele não desprezou a essa igreja, senão que a convidou a cultivar o mais puro amor com Ele.
Oremos com Lutero:
Eterno Deus, concede-me da tua graça para que confie somente em ti e te sirva como o meu único Deus. Que eu não ponha minha confiança nos bens, na honra, no conhecimento, no poder, na pureza pessoal e nem em outros seres humanos. Amém.
C.O.Rosenius (1816-1868) Nuevo Dia – Trad. Sóstenes Ferreira da Silva