O próprio Deus criou a família para ser a célula de transmissão e preservação da vida. E para fixar a verdade deste conceito, ensina por figura ao próprio homem, através das famílias de todos os animais, sem as quais suas crias não poderiam sobreviver pelo tempo necessário de provisão e aprendizado junto a seus pais.
Nós lemos em Gênesis 2.24: “Por isso o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e eles serão uma só carne”.
Nosso Senhor Jesus Cristo citou este versículo em Mateus 19:5 para enfatizar o propósito original de Deus com a instituição do casamento.
Não é portanto à escola, às demais instituições governamentais que compete garantir, em primeira mão, o equilíbrio da vida em sociedade, orientado para uma forma justa e respeitosa, senão aos pais, e isto dentro do casamento, no qual, estes devem estar ocupados em transmitir a seus filhos o modo de vida ordenado por Deus.
Mas ao examinar o quadro da sociedade atual, sou levado a concordar com as seguintes palavras do Pr John Macarthur:
“Ao longo dos últimas gerações, temos visto esse processo destrutivo ocorrendo diante de nossos olhos. Parece que a sociedade secular contemporânea declarou guerra contra a família. O sexo casual é esperado. O divórcio é uma epidemia. O próprio casamento está em declínio, bem como multidões de homens e mulheres decidiram que é preferível viver juntos, sem fazer um pacto ou constituir formalmente uma família. O aborto é uma praga mundial. A delinquência juvenil é galopante, e muitos pais têm deliberadamente abandonado suas funções de autoridade na família. Por outro lado, o abuso de crianças em muitas formas está aumentando. Filosofias modernas e pós-modernas têm atacado os papéis tradicionais de homens e mulheres dentro da família. Grupos de interesse especiais e até mesmo agências governamentais parecem inclinados à dissolução da família tradicional, defendendo a normalização da homossexualidade, uniões do mesmo sexo, e (em algumas culturas hoje em dia) programas de esterilização. O divórcio tem sido facilitado, a legislação tributária penaliza o casamento, e o governo premia o parto fora do casamento. Todas essas tendências (e muitas mais do que elas) são ataques diretos sobre a santidade da família.
Nestes dias, sempre que as famílias são retratadas em filmes, dramas de televisão, ou sitcoms, elas são quase sempre caricaturadas como sendo grosseiramente disfuncionais…
Hollywood tem definido um novo sentido amplo para a palavra família. Enquanto isso, as famílias nucleares tradicionais, com, um pai forte e confiável e uma mãe cujas prioridades estão no lar, têm sido banidas da cultura popular, e para sentirem como se fossem uma caricatura.
Embora muitos líderes cristãos venham expressando apaixonadamente preocupações sobre a dissolução da família há décadas, as coisas têm ficado cada vez piores, não melhorando, na sociedade em geral. Comentaristas sociais seculares ultimamente começaram a declarar que a família nuclear tradicional já não é a mesma na realidade. Um artigo publicado há pouco tempo pela revista on-line Salon, disse o seguinte: “A família americana” ideal “- um pai e uma mãe, ligados um ao outro pelo casamento legal, criando os filhos ligados a eles biologicamente – é uma relíquia ultrapassada, um símbolo nacional que ainda tem que ser excluído como esfarrapado e pouco realista.”
A família nuclear simplesmente não vai funcionar na sociedade do século 21, de acordo com muitos desses auto-intitulados “especialistas”.
Sei que essas vozes estão erradas, porque tenho testemunhado milhares de pais em nossa igreja que têm colocado em prática o que a Bíblia ensina sobre a família, e eles e suas famílias têm sido muito abençoado por isso.
Enquanto a sociedade continua a sua busca louca para eliminar a família, assim como toda a nossa cultura o manifesta cada vez mais, torna-se mais importante do que nunca para os cristãos que compreendam o que a Bíblia ensina sobre a família, e colocá-lo em prática em nossos lares. Pode muito bem ser que o exemplo que dermos diante do mundo através de lares fortes e famílias saudáveis irá, a longo prazo ser uma das provas mais poderosas, atraentes e vivas de que quando a Bíblia fala, ela fala com a autoridade de Deus, que nos criou – e cujo projeto para a família é perfeito.”
É fácil entender, à luz deste diagnóstico, porque há esta falta de respeito à vida e de uma sadia moralidade em nossos dias.
Fala-se muito em aumentar o rigor da lei para punir os crimes, em aumentar as verbas para a educação secular, como se fosse possível atingir por meio disso e de outras medidas similares, uma vida justa e pacífica em sociedade.
Basta ver o que é promovido pela mídia, especialmente a televisiva, quer em novelas, filmes, comerciais, programas populares, etc. O que é enfocado? Qual é o modelo de vida proposto? O que exaltado? Sexo ilícito, ganância, consumismo, violência, vilania premiada, etc.
E há o paradoxo dessa mesma mídia em repudiar o aumento da violência em nossos dias. Afinal, quem é que mais a promove? Não é ela própria?
Assim, a cada dia que passa, vai se tornando mais difícil para os pais cristãos manterem para si mesmos e para seus filhos um padrão bíblico de vida, uma vez que são assaltados por todos os lados por essa cultura social de valores morais distorcidos.
Graças a Deus que nos tem ajudado a discernir o mal e a escolher o que é bom, e mais do que isso, nos capacitado para viver na prática da justiça do evangelho, pelo poder operante da Sua graça em nós, enquanto permanecermos ainda nesta Sodoma e Gomorra mundial, em nossa caminhada para aquela pátria melhor na qual habitam a justiça, o amor e a paz para sempre.