Quanto está longe o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões. – Salmos 103.12.
Que comparação tão clara e bela! Podem encontrar-se o Oriente e o Ocidente? Nunca, jamais! Serão sempre contrários, estarão sempre separados eternamente. Assim também, graças ao perdão de Deus, nossas transgressões são separadas de nós para sempre. Meu pecado nunca me encontrará!
Cristo explica esta maravilha da misericórdia de Deus dizendo: “Em verdade, em verdade lhes digo: Aquele que ouve a minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna; e não lhe virá à condenação, mas passou da morte para a vida”. Somos filhos de Deus pela fé em Jesus Cristo, e Deus é nosso Pai, eternamente bom e fiel. E “Como o pai se compadece dos filhos, se compadece o Senhor dos que o temem”.
Pensemos em um bom pai terreno. Seus filhos, de vez em quando lhes desobedecem, e continuamente necessitam de disciplina e correção. Mas nem por isso são desprezados. Como são filhos, recebem comida, roupa, carinho, boa orientação e tudo o que necessitarem. Assim também atua nosso Pai Celestial com seus filhos. Sem sombra de dúvida terá que discipliná-los, mas não os rejeitará jamais. O Salmo 89 diz que se os filhos pecarem, Ele os castigará com vara por sua rebeldia, e com açoites por suas iniquidades; mas, disse, “Não retirarei totalmente dele a minha benignidade, nem faltarei a minha fidelidade”.
Cristo também fala de um filho ingrato que gastou muito mal a parte de sua herança vivendo perdido nos vícios. Contudo, quando caiu na miséria e regressou arrependido, foi aceito novamente na casa de seu pai. Seu pai o recebeu com imensa misericórdia, com profundo amor e grande alegria, e tal, que fez uma festa para celebrar o regresso.
Oremos com Lutero:
Oh amado Deus e Pai, esta miserável vida está tão cheia de sofrimentos e desgraças, de insegurança e de perigos, que mais de uma vez nos cansamos e desejamos morrer. Mas, tu, ó Pai, sabes quão débeis somos. Por isso, ajuda-nos a passar através de todos esses males; e quando chegue nossa última hora, dá-nos uma morte debaixo da tua graça. Amém.
C.O.Rosenius (1816-1868) Nuevo Dia – Trad. Sóstenes Ferreira da Silva