“O fim justifica os meios” é uma frase que representa o maquiavelismo e quer significar que os governantes e outros poderes devem estar acima da ética e moral dominante para alcançar seus objetivos ou realizar seus planos.
Comumente escuta-se que “o fim justifica os meios” numa alusão de que “certos” fins podem ser alcançados através de métodos não convencionais, antiéticos, como, por exemplo, a manipulação.
Manipular não necessariamente significa mentir, mas iludir, ludibriar, enganar. O manipulador desvia a verdade para aquilo que interessa e omite aquilo que não atende a seus objetivos e pode gerar questionamentos.
Do ponto de vista bíblico, é claro, não adianta iniciar qualquer discussão sem considerar o ponto principal – o caráter de Deus, a lei de Deus e a providência de Deus.
Porque sabemos que Deus é bom, santo, justo, misericordioso e reto, então, quem tem o Seu nome deve refletir o Seu caráter (1 Pedro 1:15-16).
Para o cristão cuja natureza foi transformada por Cristo (2 Coríntios 5:17), não deve haver a justificação do comportamento imoral, não importa a sua motivação ou resultado.
Muitas vezes, confundimos nossas boas intenções com a vontade de Deus. Não ouvimos Sua voz, esquecemos que o poder Dele é que opera em nós, para fazer a Sua vontade e não a nossa.
Portanto nós, cristãos verdadeiros como o Apóstolo Paulo define em Gálatas 2.20 “Fui crucificado com Cristo. Assim, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim, a vida que agora vivo no corpo, vivo-a pela fé no filho de Deus, que me amou e se entregou por mim”, nem chegamos a questionar se valeria a pena trapacear, manipular mesmo que seja para ganhar alguma coisa.
Por isto, fico com o ensinamento do Apóstolo Paulo em 2 Coríntios 4.2 “pelo contrário, rejeitamos as coisas ocultas, que são vergonhosas, não andando com astúcia, nem adulterando a palavra de Deus; mas, pela manifestação da verdade, nós nos recomendamos a consciência de todos os homens diante de Deus”.