“Ide, pois, e aprendei o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifícios. Porque eu não vim chamar justos, mas pecadores.” (Mateus: 9:1)
“Mas, se vós soubésseis o que significa: Misericórdia quero, e não sacrifícios, não condenaríeis os inocentes.” (Mateus: 12:7)
Nos textos acima, vemos Jesus fazendo por duas vezes uma crítica que ecoa até os dias atuais, pois depois de 2000 anos a igreja parece que ainda não aprendeu o que significa, “misericórdia quero e não sacrifício”
Porém, precisamos retornar a alguns anos antes de Cristo para entender melhor essa questão. No livro do profeta Oséias escrito quase 800 anos antes de Cristo proferir sua crítica, o próprio Deus a fez ao povo que Ele tinha escolhido para ser seu “Pois misericórdia quero, e não sacrifícios; e o conhecimento de Deus, mais do que os holocaustos.” (Oséias: 6:6)
Na época de Oséias, o povo Deus, havia se desviado de Sua vontade, fazendo aquilo que não O agradava, porém mesmo não fazendo a vontade de Deus, esse povo continuava a cumprir os rituais de sacrifício e de entrega de holocaustos diante de Deus, como se o ato de dar, fosse mais importante para Deus do que o fato de ser.
Cansado de toda essa religiosidade, Deus declara ao povo no texto acima que encontramos em Oséias que para Ele o amar a Deus e ao próximo como Ele amava a seu povo e o Conhecê-lo, era muito mais proveitoso que todos aqueles sacrifícios vazios.
Deus ansiava por um povo que fosse a expressão do Seu amor e que tivesse prazer em Sua presença, mas ao invés disso, Ele via um povo mais preocupado em cumprir certos preceitos religiosos como forma de Agradá-lo.
E é em meio a essa mentalidade que Jesus se apresenta, fazendo aquilo que era o desejo do coração do Pai, Jesus vem ser a expressão do amor de Deus, comendo com pecadores, curando aos sábados, demonstrando que mais importante que qualquer preceito religioso, ou mais importante que qualquer sacrifício, era demonstrar o amor de Deus pelas vidas, que Deus está mais interessado em quem somos e como nos relacionamos com Ele, do sacrifícios cerimônias.
Precisamos entender que o que move o coração de Deus, não é o tanto ou o que você deposita nos altares que hoje são levantados supostamente para Ele. Deus não é um Deus de barganha onde espera ansioso que você demonstre seu amor por Ele através de atos quase irresponsáveis como se isso fosse importante.
O que move o coração de Deus é uma vida entregue a Sua vontade, uma vida que entenda o amor expresso na pessoa de Jesus e que creia que Nele. Um coração quebrantado e contrito diante Deus, disposto a fazer o bem sem esperar nada em troca, uma vida que demonstre a glória do evangelho, que saiba que o porvir é mais importante que o agora e que viva com a alegria de saber que nada nesse mundo se compara com a glória a nós será revelada quando enfim estivermos juntos a Jesus.
Que possamos viver essa vida que agrada a Deus, lembrando que para Deus, misericórdia sempre será mais importante que sacrifício.