“Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia.” (Mateus 5.7)
“Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso.” (Lucas 6.36)
“Porque o juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia; a misericórdia triunfa sobre o juízo.” (Tiago 2.13)
Estes três versículos devem ser sempre lembrados quando pensarmos no assunto relativo à misericórdia.
Aqui se fala de uma bênção, de um dever e de um juízo que estão atrelados ao exercício da misericórdia.
Se somos misericordiosos somos bem-aventurados, mas se não exercemos misericórdia, estamos debaixo de um juízo divino.
E qual é o principal motivo disto?
Primeiro porque sendo pecadores, todos necessitamos da misericórdia de Deus, misericórdia esta que ele revelou em alto grau ao nos dar o próprio Filho unigênito como sacrifício para morrer em nosso lugar na cruz, de modo que pudéssemos ser livrados de nossa condição de miséria extrema.
Segundo, porque não seria de se esperar daqueles para os quais Deus tem exibido tão grande misericórdia, que eles não tenham o mesmo sentir e proceder em relação àqueles que tanto quanto eles são necessitados de misericórdia. Por isso é interposto um juízo divino sobre aqueles que não usam de misericórdia para com o seu próximo.
Terceiro, porque tendo sido criados à imagem e semelhança de Deus devemos ser santos assim como ele é santo, justos como ele é justo, misericordiosos, assim como ele é misericordioso. Isso significa que não devemos ser, pensar e agir conforme o padrão do mundo mas de acordo com o elevadíssimo padrão de Deus.
Para tanto necessitamos da graça, e esta só pode ser encontrada na nossa comunhão com nosso Senhor Jesus Cristo.
Quando permanecemos em Cristo e ele em nós, por guardarmos os seus mandamentos, então somos capacitados a sermos misericordiosos, e isto se traduzirá sobretudo em ações e orações que tenham em vista conduzir aos que estão em trevas espirituais para a luz de Jesus.
Com isto se cumpre o dizer do apóstolo Tiago:
“Meus irmãos, se alguém dentre vós se desviar da verdade e alguém o converter, sabei que aquele que fizer converter um pecador do erro do seu caminho salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados.” (Tiago 5.19,20)
Esta é a melhor e maior exibição da misericórdia.
Devemos nos compadecer de todos aqueles que se encontram escravizados pelo pecado e por Satanás. Mas devemos dar um passo além do sentimento de compaixão, e exercer misericórdia de modo prático, assim como o samaritano da parábola.
O motivo da misericórdia é o amor, e o amor sempre permanece na casa, mas sempre que necessário, se expressará com o seu visitante – a misericórdia – que entra em cena quando há alguma necessidade premente para ser atendida e que a pessoa por si só não conseguiria sanar.
Neste auxílio mútuo se cumpre o grande propósito divino na nossa criação, de que vivamos como um só corpo, unidos pelos laços do amor de Cristo.
E como a nossa presente condição é a de ainda termos os resquícios do pecado operando na nossa antiga natureza terrena, então é de se esperar que a misericórdia sempre esteja em cena, para que em vez de condenação dos que estão caídos, usemos de compaixão para com eles, esforçando-nos para livrá-los da referida condição.
Deus usará de misericórdia para com os que agem desta forma, e certamente moverá os corações de outros quando eles próprios estiverem também necessitados de que usem de misericórdia para com eles.
Você pode ler os versículos bíblicos contendo destacadas as palavras
1 – eleos (grego) – misericórdia;
2 – racham (hebraico) – compaixão, misericórdia;
3 – splagchnizomai (grego) – compaixão;
4 – oikitimon (grego) – misericordioso; relativas ao assunto, acessando o seguinte link:
http://www.recantodasletras.com.br/mensagensreligiosas/5389467