De tão acostumados que estamos a conviver numa sociedade que se torna cada vez mais violenta, imoral, abusiva, impura e insensível, pensamos que o nosso maior e principal objetivo neste mundo é o de trazer o mundo a uma condição social e politicamente justa, moral e segura.
Ainda que tudo isto seja um bem em si mesmo, caso tais condições não sejam implantadas por meio de intuitos enganosos e práticas coercitivas, todavia, muito mais do que isto é requerido para que se viva segundo o propósito divino estabelecido para a humanidade.
É possível que alguém seja de temperamento pacífico e tranquilo, que seja honesto, de moral ilibada, útil para a sociedade, justo no relacionamento com o seu próximo, e ainda ser um inimigo de Cristo e do seu evangelho. Não basta que o homem seja cumpridor dos seus deveres em relação aos seus semelhantes, pois importa antes, que seja cumpridor dos seus deveres para com Deus. Mais do que isso: deve fazê-lo por amor e impulsionado pelo poder e instrução do Espírito Santo.
Assim, o juízo não será decorrente segundo o padrão de justiça estabelecido pelo homem, mas pela justiça eterna e perfeita de Deus. O critério de aprovação pela justiça divina é a santidade, e quem de si mesmo pode obtê-la? Ela é forjada em nós exclusivamente pela graça de Jesus Cristo; de modo que se não estivermos participando da Sua vida, não podemos ser agradáveis a Deus.