Deus é às vezes chamado de “o Deus da paciência” (Rom 15.5), não somente porque ele é o autor da graça da paciência, mas porque ele é paciente em si mesmo, pois este é um dos atributos de Deus, no qual ele pode, em alguma medida, ser imitado (ver Ef 4.1,2; Col 3.12).
Em razão do seu atributo de paciência, Deus é também longânimo, ou seja, tardio em se irar contra as transgressões que praticamos, e é especialmente por causa da sua longanimidade que o juízo contra o pecado é adiado por Ele para o Dia do Juízo Final (2 Pe 3.9); e por meio deste atributo ele permite que a vida seja prolongada na Terra por séculos seguidos, a par de todas as iniquidades que nela são praticadas, porque tem sobretudo em vista completar o número dos que serão salvos pela graça que está sendo oferecida por meio da nossa fé em Jesus.
Nós vemos a longanimidade de Deus sendo exibida nas profecias da Bíblia, pelas quais apontava para dias muito distantes, o cumprimento dos seus propósitos eternos para o bem da humanidade, e isto desde a queda do primeiro homem no pecado (Gên 3.15) quando foi prometido que Satanás teria a sua cabeça esmagada por Jesus, que se manifestaria ao mundo na plenitude do tempo, para nos redimir do pecado (Dn 9.24; Gál 4.4; Heb 9.15).
Assim, até que o Grande dia do Juízo se manifeste no por vir, esse tempo em que vivemos será o tempo da paciência e da longanimidade de Deus para com todos os pecadores.