Nesta última semana, fiquei estarrecido com uma montagem divulgada no Facebook que expõe Cristo como um Ídolo. Vários amigos, dentre eles Cristãos esclarecidos, compartilharam esta imagem.
Pois bem. Ídolo, do grego Simulacra ou do latim Idola, é uma figura ou objeto que representa materialmente uma entidade espiritual ou divina a que se adora. Em outro caso, o ídolo é a pessoa pela qual se tributam louvores excessivos ou que se ama apaixonadamente, uma personalidade que desfruta de grande popularidade (artistas populares, esportistas e etc.).
A doutrina dos ídolos foi exposta na antiguidade por Demócrito. Segundo ela, a sensação e o pensamento são produzidos por imagens corpóreas provenientes de fora. Essa doutrina foi retomada e adotada pelos epicuristas. Em contrapartida, Francis Bacon defende que os ídolos não são instrumentos de conhecimento, mas obstáculos ao conhecimento. São “falsas noções” ou “antecipações”, ou seja, preconceitos. (Original: Nicola Abbagnano)
Voltando à imagem, ela questionava a idolatria a algumas celebridades apontando os seus feitos, ao passo que Cristo, por sua crucificação, seria digno desta idolatria.
Quando você coloca Cristo na figura de ídolo, você o mata em sua íntima concepção de quem Ele é. Um ídolo é inerte, Cristo é tudo em todos. Um ídolo é estático, Cristo é regência. Por fim, um ídolo é morto, Cristo é Vivo.
A sua adoração a Cristo no papel de ídolo, não tem valor. Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios. 1 Coríntios 10:19-20
Cristo, como ídolo, não funciona, não faz diferença, não tem efeito objetivo, pois um ídolo nada faz. Ai daquele que diz à madeira: Acorda! E à pedra muda: Desperta! Pode o ídolo ensinar? Eis que está coberto de ouro e de prata, mas, no seu interior, não há fôlego nenhum. (Habacuque 2:19)
Cristo é o verbo de Deus. Ele é a palavra. Ele é ação. Ele é Aquele que deve governar as nossas vidas. Enquanto o ídolo nada faz a não ser o seu papel, que é permanecer mudo e morto.
O ídolo é relativo às expectativas ou noções humanas e, neste ponto, somos seres pragmáticos. Que aproveita o ídolo, visto que o seu artífice o esculpiu? E a imagem de fundição, mestra de mentiras, para que o artífice confie na obra, fazendo ídolos mudos? Habacuque 2:18
Expectativas que provem da nossa natureza. Fazei, pois, morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria. Colossenses 3:5
A nossa relação com Cristo é viva e dinâmica. É real! Não em partes, porém inteira. 1João 4:19 Nós amamos porque ele nos amou primeiro. Ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. 1 João 4:10. E ele habita dentro de nós, ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do Espírito Santo?
Conclusão!
Cristo é vida, um ídolo é morte. Portanto, meus amados, fugi da idolatria. 1 Coríntios 10:14
Por Gustavo Borges
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