O tempo é o melhor autor: sempre encontra um final perfeito. (Charles Chaplin)
Somos tão afoitos, no período de provas finais na faculdade então nem se fale. Parece que todos perdem a noção de espaço, tempo do que pode e não pode. É como se o mundo parasse e só houvesse provas, tudo gira em torno das provas. Ficam loucos que acabe logo este período de aulas para poder passar o sufoco da vida. Como ele passasse apenas por acabar as aulas. Mal sabem que o que os espera é mais trabalho, mais sufoco e menos tempo que no período de aulas. Porém não podemos esquecer que tudo tem seu tempo.
Estudando o livro de Sabedoria escrito por Salomão encontraremos a definição exata de tempo. Tempo não é apenas o que passa durante o dia como se fosse algo simples. Ele não pára, em consequência nossa vida segue o seu rumo. Ele nos leva sempre para frente, leva-nos sempre a algo diferente. Assim cada dia é uma nova oportunidade.
Desejamos muito atropelar o tempo, para podermos nos livrar de certas situações até mesmo para tentar adiantar outras. Só que não funciona. Há um tempo para todas as coisas debaixo do sol. Nada acontece por acaso ou como se brotasse do nada. Tudo tem um propósito debaixo do céu.
O mais belo do tempo é que nada é considerado novo para ele. Em certos momentos achamos que foi encontrada a grande solução e começamos a estudar o assunto e descobrimos que alguém pensou naquilo. Idealizou e não consumou.
Salomão na velhice disse assim: “Que proveito tem o homem, de todo o seu trabalho, com que se afadiga debaixo do sol? Uma geração vai-se, e outra geração vem, mas a terra permanece para sempre. O sol nasce, e o sol se põe, e corre de volta ao seu lugar donde nasce.” (Eclesiastes 1:3-5). Ou seja, só aproveitamos na vida aquilo que vivemos de forma plena aquilo que não deixamos o tempo levar.
Segundo Salomão a vida realmente deve ser aproveitada, pois ela passa como o vento, ninguém sabe de onde veio e nem para onde vai. Então devemos comer, beber e gozar a vida, pois ela se vai sem que ao menos percebamos. É um grande mistério divino como alguns se dão tão bem na vida, no trabalho e outros tendo aparentemente a mesma vida nada conseguem a não ser enfado e cansaço.
Salomão pediu a Deus sabedoria para viver, mesmo podendo pedir riquezas, dons e muito mais. Mesmo assim achou que poderia exagerar em algumas coisas encontrando nelas algum sentido a mais para vida além daquele que Deus o havia determinado. Um de seus erros na vida foi o número de mulheres que teve, elas até podem ter o dado prazer, mas foi muito mais problemas que prazer. Com elas aprendeu adorar outros deuses que O Criador não aceitava. Envolveu-se muito mais do que era necessário para um homem como ele. Um rei, um sábio, um homem exemplo para sua geração e as vindouras como nós hoje.
O que mais precisamos é nos adaptar ao tempo, ver nele um aliado para podermos viver da melhor forma possível, estar sempre pedindo a Deus que nos oriente quanto ao nosso tempo. “Todas as coisas estão cheias de cansaço; ninguém o pode exprimir: os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos se enchem de ouvir. O que tem sido isso é o que há de ser; e o que se tem feito, isso se tornará a fazer; nada há que seja novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? ela já existiu nos séculos que foram antes de nós. Já não há lembrança das gerações passadas; nem das gerações futuras haverá lembrança entre os que virão depois delas.” (Eclesiastes 1:7-11).
Assim como há tempo para nascer, crescer, viver e deixar de existir (morrer), o que se deve fazer então? APROVEITAR a vida para ser o mais produtivo possível, reclamar menos ainda e deixarmos de ver só o lado ruim das pessoas e passar a enxergar o outro como uma grande oportunidade de podermos melhorar, viver bem e deixar bons e belos exemplos.
Salomão disse que ocupou muito do seu tempo à procura de sabedoria e de nada foi proveitoso. Outros o fizeram antes dele e muitos o farão. “Já não há lembrança das gerações passadas; nem das gerações futuras haverá lembrança entre os que virão depois delas. Tudo foi apenas cansaço. E apliquei o meu coração a inquirir e a investigar com sabedoria a respeito de tudo quanto se faz debaixo do céu; essa enfadonha ocupação deu Deus aos filhos dos homens para nela se exercitarem. Atentei para todas as obras que se fazem debaixo do sol; e eis que tudo era vaidade e desejo vão. O que é torto não se pode endireitar; o que falta não se pode enumerar. […] Porque na muita sabedoria há muito enfado; e o que aumenta o conhecimento aumenta a tristeza.” (Vs. 13-18)
As férias de julho estão começando esta semana vamos parar um pouco avaliar tudo que já vivemos. Nosso tempo para a família, amigos. Pense há quanto tempo não sai com seus filhos para um sorvete sem pressa. Aquele passeio sem fim definido, apenas para curtir a presença familiar. Deixar o vento refrescar seu rosto com há muito não deixa. O computador fica em casa, as preocupações no trabalho e aproveitar a vida, pois ela passa e chegará o dia em que você dirá o que fiz e o que deixei de fazer?
Esse é um tempo para sorrir, cantar e curtir. Faça dele um tempo de prazer, sem discussões desnecessárias. Sem brigas por coisas inúteis. Seja apenas feliz.
“Sei que não há coisa melhor para eles do que se regozijarem e fazerem o bem enquanto viverem; e também que todo homem coma e beba, e goze do bem de todo o seu trabalho é dom de Deus. Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente; nada se lhe pode acrescentar, e nada se lhe pode tirar; e isso Deus faz para que os homens temam diante dele: O que é, já existiu; e o que há de ser, também já existiu; e Deus procura de novo o que já se passou.’ (Eclesiastes 3:13-15)