Se você conhece experimentalmente a preciosidade das promessas, e se alegra com elas em seu próprio coração, medite muito sobre elas.
Há promessas que são como uvas no lagar; se você as espremer o suco fluirá. Pense sobre as palavras sagradas, que serão muitas vezes o prelúdio para o seu cumprimento. Enquanto você está meditando nelas, o benefício que você está procurando virá imperceptivelmente a você.
O cristão que tem tido sede da promessa tem encontrado o favor que ela assegurou gentilmente aplicando-o à sua alma, mesmo enquanto está considerando o testemunho divino; e sempre se regozijando quando traz a promessa perto de seu coração.
Mas, além de meditar sobre as promessas, procure recebê-las em sua alma como sendo as próprias palavras de Deus.
Fale com a tua alma assim:
“Se eu estivesse lidando com a promessa de um homem, eu deveria considerar cuidadosamente a habilidade e o caráter do homem que pactuou comigo. Assim, em relação à promessa de Deus; o meu olhar não deve estar tanto fixado na grandeza da misericórdia – que pode me fazer vacilar, quanto na grandeza de Quem prometeu – que pode me animar. Minha alma, este é Deus, o teu Deus, o Deus que não pode mentir, que fala contigo. Esta Sua palavra que tu estás agora considerando é tão verdadeira quanto a sua própria existência. Ele é um Deus imutável. Ele não alterou o que saiu da Sua, nem anulou uma única frase consoladora. Nem reduziu qualquer poder. É o Deus que criou os céus e a terra, quem falou assim. Nem pode ele falhar em sabedoria quanto ao momento em que concederá os favores, pois ele sabe quando é melhor dar e quando é melhor reter. Portanto, visto que é a palavra de um Deus tão verdadeiro, tão imutável, tão poderoso, tão sábio, eu vou e devo acreditar na promessa.”
Se, portanto, meditarmos sobre as promessas, e considerarmos Quem prometeu, vamos experimentar as suas doçuras e obter o seu cumprimento.
Texto de autoria de Charles Haddon Spurgeon, traduzido e adaptado pelo Pr Silvio Dutra.