“Se alguém fala, fale de acordo com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre, para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!” (I Pe 4.11)
Para ser glorificado, Deus determinou em seu conselho eterno que na dispensação do evangelho somente lhe será aceitável aquilo que fizermos por meio de Jesus Cristo, porque tem designado ao seu Filho Unigênito a glória e o domínio eterno.
Adorar a Deus em espírito e em verdade, conforme nosso Senhor ensinou que importa fazê-lo, somente poderá ser uma adoração verdadeira quando estiver baseada na própria pessoa e poder de Jesus Cristo, e em tudo o que ele nos ensinou quanto ao que devemos ser e fazer, em todo o procedimento santo, segundo a verdade que ele definiu como sendo a Palavra de Deus em Jo 17.17.
A adoração verdadeira não consiste portanto somente em louvor ou em palavras que afirmemos relativas à mesma, mas aquilo que tem sido implantado por Cristo em nossas vidas e obras.
1Co 10.31: Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.
Se não for Deus quem ocupe o lugar mais elevado em nossos pensamentos, que glória ele poderá receber da nossa parte?
Não pode haver verdadeiro culto de adoração a Deus quando ele ultrapassa os limites daquilo que foi instituído e revelado pelo próprio Deus em sua Palavra para tal propósito.
Não foi sem motivo que a Moisés foi ordenado que tudo fizesse segundo o modelo do tabernáculo que Deus lhe havia mostrado no Monte Sinai.
Êxo 25:9 – Segundo tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo o fareis.
Êxo 25:40 – Vê, pois, que tudo faças segundo o modelo que te foi mostrado no monte.
Heb 8:5 – os quais ministram em figura e sombra das coisas celestes, assim como foi Moisés divinamente instruído, quando estava para construir o tabernáculo; pois diz ele: Vê que faças todas as coisas de acordo com o modelo que te foi mostrado no monte.
Por tudo isso entendemos que na igreja tudo deve estar de acordo com o padrão prescrito na Palavra de Deus, para que possamos render-lhe um culto e serviço de adoração que lhe sejam aceitáveis e agradáveis.
Neste padrão prescrito na Palavra temos a ordenança de tudo fazer com fervor, por amor ao Senhor, com toda a nossa força, alma e coração.
Adoramos a Deus nos esforçando para conhecer o melhor modo de desempenharmos a função designada a nós por ele para servirmos ao corpo de Cristo, com todo empenho e diligência.
Onde todas estas coisas referidas estiverem faltando poder-se-á afirmar que há ali um verdadeiro culto de adoração a Deus?
Devemos refletir muito sobre tudo isto para que não nos enganemos a nós mesmos ou para que não permitamos ser enganados por outros quanto ao significado da verdadeira adoração e glorificação do nome de Deus.
O culto a Deus não é um show, uma representação teatral, mas vidas santificadas que se apresentam como sacrifícios vivos no altar do tabernáculo celestial, e uma das melhores formas de se evidenciar se temos de fato feito isto, é por suportarmos com paciência, pelo poder da graça de Cristo, todas as tribulações pelas quais passemos neste mundo, por motivo de fidelidade a Deus e ao evangelho.
Afinal, isto pode ser feito somente quando estamos debaixo do poder de Jesus Cristo por estarmos em comunhão com ele, e é nisto que o Pai é glorificado, porque houve o louvor da glória da sua graça que nos foi dada em Cristo, a qual nos assistiu em todas as nossas provações, fortalecendo-nos e dando paz e alegria aos nossos corações.