Mishcan é a palavra hebraica que significa tabernáculo. O Mishcan foi construído conforme o modelo (mishpatim) ordenado por Adonai à Moisés-Moshe: “E me farão um santuário, para que Eu habite no meio deles. Conforme tudo o que eu te mostrar para modelo do tabernáculo (mishcan), e para modelo de todos os seus móveis, assim mesmo os fareis”. Êx 25:8 e 9. Quando YHWH (ELOHIM) falou com Moisés, Ele usou esta palavra para referir-se ao Seu modelo de relacionamento com o homem: Mishcan. Uma habitação móvel e flexível (Êx 40:36), capaz de ir aonde o Senhor desejar, geralmente se locomovendo em meio a incertezas climáticas e geográficas, porém tendo como sucá (tenda frágil utilizada pelos israelitas no deserto) a proteção do próprio Deus. Tenho pensado muito em como esta geração profética têm se movido sobre a terra à preparar o caminho do Senhor e percebo que há um remanescente clamando acerca da restauração da Noiva (remidos e Israel) para seu Noivo-Yeshua (Jesus). São tempos únicos, em que o ide têm se intensificado, porém, parece que este mover não nasce dentro das igrejas-denominações, mas no coração de alguns que passam a locomover-se em tabernáculos, habitações móveis e flexíveis, leves e fáceis de carregar, não edificações rígidas e fixas. Yeshua (Jesus), quando estava pisando em Israel, deixou isto muito claro ao expor a religiosidade daqueles que estavam preocupados com edifícios e aparências, voltando-se Ele aos dispersos da Casa de Israel. Este movimento está acontecendo novamente, só que agora tem sido em relação às igrejas-denominações! Muitos não têm percebido mais que Yeshua (Jesus) está próximo. A religiosidade, as teologias que prometem um evangelho light, barato e enriquecedor, a mentira de que estamos vivendo na graça e que por isso podemos fazer qualquer coisa, entre outras aberrações, têm levado, tristemente, muitos à um afastamento muito semelhante ao que os entendidos de Israel viveram quando do tempo da visitação de Yeshua (Jesus) – que foi capaz de torná-los indiferentes àquele momento profético.
Penso que é tempo de clamar, mesmo que seja no deserto. Somos chamados a participar desse momento de separação-santificação, não como igreja-denominação – até porque é um remanescente dentro delas que começa a mover-se no espírito, conforme a nuvem do Senhor se move, a tenda se levanta e caminha, a igreja-denominação têm tratado esta questão de santificação como um conjunto de atitudes morais e éticas que torna o homem “melhor”, mas não é tão simples assim. “Agora, se diligentemente ouvirdes a minha voz, e guardardes a minha aliança, sereis a minha propriedade peculiar dentre todos os povos. Embora toda a terra seja minha, vós me sereis reino sacerdotal e nação santa. São estas as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êxodo – Shemot, 19:5-6). Ouvir e obedecer. Os líderes denominacionais têm recebido como nunca, assim como o mover profético de João Batista, a visita de profetas (um dos cinco ministérios-1Cor. 12:28), alguns têm ouvido, voltando-se para Israel e aos mandamentos do Senhor em amor, outros fecham os ouvidos, outros ouvem, mas estão tão envolvidos com o “necessário crescimento da igreja” (esse é apenas um dos motivos que serve de exemplo) que endurecem seus corações. Muitos têm imaginado que o “avivamento” ocorrerá dentro das igrejas-denominações, mas penso que um forte mover já iniciou, porém “fora” de boa parte delas. Ele se encontra nas Mishcan pelo deserto afora, tendas que estão se movendo rápida e estrategicamente (Joel 2), ou seja, você e eu! Assim como vemos um sopro de restauração espiritual deslocando-se sobre Israel, notamos no mundo inteiro o sopro de restauração das raízes hebraicas da fé nos remidos em Yeshua (Jesus). Mas muitos não têm sido sensíveis à esse mover e estão esperando por “avivamento”. As sinagogas e seus líderes também esperavam o Mashiach desesperadamente, e Ele estava passando ao lado delas montado em um burrinho e os “espirituais” não perceberam. Será coincidência?!
Baruch Ha’Ba’ B’Shem Adonai.
Bendito o que vem em nome do Senhor.
Por Marcelo Munerato – Ami Israel – Curitiba/PR.