I Samuel 16
7 O Senhor, contudo, disse a Samuel: “Não considere sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração”.
Assistindo a série “Rei Davi” que esta passando na TV Record, decidi por escrever algo que ficou em destaque pra mim em cada capítulo. Vamos ao Capítulo 1º!
Quero destacar neste primeiro capítulo a cena onde o profeta Samuel é enviado por Deus a casa de Jessé para ungir como Rei de Israel um de seus filhos. Jessé e toda sua família ficam surpresos, e naturalmente, ao mostrar seus filhos aos profetas, começa pelo mais velho e mais forte crendo que estes são os que teriam os atributos necessários para serem feitos Rei de Israel.
Isto me leva a meditar sobre quais são os atributos que Deus leva em conta ao escolher alguém para cumprir um propósito. Os parâmetros de Deus não são os mesmos que os nossos. As qualidades que vemos em uma pessoa ao selecioná-la, não são as mesmas qualidades que Deus vê. Ouso dizer que tem muitas pessoas que foram levantadas pelo homem para promover algo dentro do Reino, que se dependesse de Deus, elas nunca estariam onde estão hoje. (selá)
É normal, no meio da igreja mesmo, escolhermos pessoas para ocupar cargos, olhando para habilidades, desempenho, falta de vergonha. Muitas das vezes achamos que essas características são sinônimo indiscutível de escolha certa para uma liderança. Creio que se ao invés de ficarmos procurando pessoas capacitadas para desempenhar funções, gastarmos esse tempo em oração buscando uma direção de Deus, iríamos ter muitas surpresas sobre pessoas que viriam em nossa mente para ocupar cargos de grande importância. “O que???? fulano?? não pode ser Deus. Fulano é tão quietinho. Ele é tão fraco. É o irmão mais novo.”
A bíblia é cheia de exemplos de pessoas escolhidas por Deus, que nós mesmos não daríamos nada por elas. Pessoas humanamente limitadas e que nunca apostaríamos em um futuro muito promissor. A questão é que quem Deus chama, Ele mesmo capacita. Quem ele não chama, se vira com o que sabe.
Devemos ser direcionados por Deus nas escolhas de nossas amizades, nossas sociedades, nossas associações, liderados, líderes, cônjuges. Ele vê o que nós não vemos.
I Coríntios 1
27 Mas Deus escolheu o que para o mundo é loucura para envergonhar os sábios, e escolheu o que para o mundo é fraqueza para envergonhar o que é forte. 28 Ele escolheu o que para o mundo é insignificante, desprezado e o que nada é, para reduzir a nada o que é, 29 a fim de que ninguém se vanglorie diante dele.
Deus não tem nada contra aqueles que realmente possuem uma habilidade natural. Ele tem prazer em usar aquilo que nós temos. O problema é quando as habilidades que temos tentam ofuscar a glória que é sempre d’Ele.
Quando a bíblia fala que Deus escolheu os fracos e insignificantes, não penso em uma condição visível de vida, ou que só quem é pobre, coitado e tem uma história triste pra contar terá a oportunidade de ser tremendamente usado por Deus e prosperar no ministério, na vida. Penso que Deus fala de um “estado de espírito”, uma pessoa humilde que entende que até a certa habilidade que ela conseguiu desenvolver provém d’Ele, uma pessoa que promove a Deus antes de promover suas habilidades, alguém que tem sempre a motivação correta.
Não se sinta fraco demais a ponto de não reconhecer o que Deus pode fazer através da sua vida, e nem se sinta forte demais a ponto de não reconhecer que é Deus quem faz através da sua vida.
Ramiro Chagas / ramirochagas.blogspot.com