Abaixo você encontrará uma entrevista recheada de perguntas e respostas concedida por David M. Quinlan ao site da Super Gospel. Leia e conheça um pouco mais este homem e ministério.
1- Você congrega em que igreja? Com a agenda apertada do ministério, você tem tempo de ir à igreja e ser ministrado?
Faço parte e tenho cobertura da Igreja Batista de Contagem presidida, pelo distinto e grande amigo, Pr. Antônio Cirilo – Ministério Santa Geração.
Embora não tenha muito tempo para congregar na mesma, em função do IDE que é uma marca forte do nosso ministério, estou sempre buscando me manter atualizado e coerente com o mover de Deus através do estudo da palavra, livros, CDs, DVDS de mensagens e buscas na internet como faz ou faria qualquer pastor faminto pelo alimento espiritual para si mesmo e como instrumento para outros.
Por um lado sinto-me privilegiado, pois estou sempre sendo ministrado por diversos homens e mulheres de Deus, a despeito das denominações, à medida que viajo pelo Brasil e mundo afora participando ativamente ou passivamente de congressos, seminários e outros. Prezo muito o aprender e o receber de Deus. Levo meu chamado e ministério muito a sério.
2- Está sendo preparado algum trabalho apenas com regravações? Conte-nos mais a respeito.
Sim e acaba de ser lançado. No final de 2005 gravamos nosso primeiro DVD, em São Paulo com a participação de paulistas e paulistanos incendiados pela presença de Deus. Foi tremendo e estamos super felizes com o resultado. O DVD é uma coletânea tanto de trabalhos antigos como de algumas canções que marcaram nosso ministério. Gravamos: “Águas Profundas, Tens Transformado, Correndo, Geração Que Dança, Abraça-me, Filho de Davi, Este é o Som da Tua Noiva” e outras mais.
Tentamos fazer nosso primeiro DVD no final de 2003 só que por infelicidades técnicas não foi possível ir à frente com o projeto. Sei que isto deixou algumas pessoas descrentes, mas a culpa não foi nossa, nós realmente tentamos.
Fizemos o melhor que estava ao nosso alcance e sei que tanto os amados paulistas (integrantes maravilhosos da gravação) quanto aos demais, da gigantesca família cristã, se alegrarão com a realização deste nosso sonho.
3- Como você lida com pessoas que muitas vezes “perdem o foco” e acabam de alguma forma, idolatrando o ministério (ou o cantor) e não a Jesus?
Para mim existe uma linha muito fina entre identificação e idolatria e procuro sempre tomar muito cuidado para não julgar a um irmão de uma maneira equivocada. O povo brasileiro é por natureza um povo muito carinhoso e afetivo e está sempre buscando maneiras de agradar ou se aproximar de homens e mulheres que Deus está usando por diversas razões. Não sou diferente, se a pessoa é de Deus quero estar perto dela, meus melhores amigos são ministros do evangelho e atuam na área da palavra e do louvor. É importante sempre manter o equilíbrio no que diz respeito às coisas de Deus.
Quanto aos confusos (ou idolatras; a idolatria geralmente faz isto, te deixa confuso quanto a seu foco), sempre buscamos deixar bem claro o nosso objetivo, pretensão e necessidade. Precisamos que todos voltem seus olhos para o Filho do Homem ou seremos todos prejudicados, pois Ele não compartilha Sua glória com ninguém. Acho a idolatria algo muito perigoso não só para o idólatra, mas também para o idolatrado. Se nossos olhos não se mantiverem na cruz a probabilidade do tropeço é real, e em qualquer área. A glória pertence somente ao Senhor; foi em função desta realidade em minha vida que compus a canção: “Esconda-me na Nuvem” – não desejo nada que pertença exclusivamente a Ele, mas quero continuar pertencendo a Ele. O segredo é seguir Seus passos… Você conhece alguém mais humilde do que Ele? Este é o segredo.
O fato de se tirar fotos ou não, dar dedicatórias ou não, não faz de uma pessoa mais ou menos espiritual do que outra. Enquanto o homem julga o exterior Deus vê o coração. Cada pessoa tem que andar segundo o que recebeu de Deus e isto é o mais importante. Pessoalmente, não me importo quanto a tirar das fotos apenas acho que tudo tem o seu momento, durante o culto os nossos olhos deveriam estar somente n’Ele. Findando-se a reunião não me importo, pois se formos analisar segundo a palavra de Deus, somos todos membros e parte de uma só família, ou seja, irmãos.
Uma observação: se você tiver que pedir por algo, não peça por um autógrafo, peça uma dedicatória, um versículo ou algo parecido. Sua vida será muito mais edificada por algo assim do que simplesmente uma assinatura sem valor.
4- Você é hoje considerado um dos maiores ministros de louvor e adoração no Brasil, juntamente com Diante do Trono, e outros ministérios que têm se destacado nesta geração de adoradores. Como você encara isto?
Com temor, tremor, surpresa e alegria. Deixa-me explicar. Temor e tremor, pois a responsabilidade, tanto diante de Deus, quanto diante do povo é imensa. Baseio minha vida e ministério sobre princípios bíblicos que foram inseridos em meu coração desde pequeno; sei que “tudo é d’Ele, por Ele (por causa d’Ele) e para Ele” – Rm 11: 36. Não posso representá-Lo de qualquer jeito. Em primeiro lugar tenho que oferecer o melhor de mim todas as vezes que for ministrar, pois Ele me conquistou dando o melhor de si; e isto é feito não apenas sobre uma plataforma, mas em preparação durante todo o dia. Daí, meu alvo passa a ser contagiar a congregação com a paixão e alegria que queimam em meu coração por Ele; o resto – como diz um colega meu – é show de glória!
Surpresa e alegria, pois jamais em todos os sonhos de minha vida conseguiria imaginar estar vivendo o que vivo hoje. O amor, carinho, calor com que sou (somos) recebido pelo Brasil afora deixaria qualquer um boquiaberto. Amo esta nação!
5- O que você gosta de fazer nas horas vagas, pra descansar ou relaxar?
Gosto de passar tempo com a minha família; aprendo muito com ela. Passeamos, brincamos, nadamos… Gosto de ler, assistir filmes, ouvir música… Infelizmente não tenho muito tempo para investir em esportes mais radicais, mas quando dá curto andar de moto, escalar montanhas, mergulho, pular de cachoeiras, esquiar… e por aí afora.
6- O que você gosta de ouvir quando está no carro, em casa, etc?
Vou citar alguns dos nomes que curto e muito:
Internacionais: Steven Curtis Chapman, Mercy Me, Big Daddy Weave, Delirious?, Michael W. Smith, Lincoln Brewster, Jeremy Bowser, Passion, Hillsong, United, Sonicflood, Paul Baloche, Matt Redman, Jason Upton, Casting Crowns, Jeff Deyo entre outros.
Nacionais: Fernandinho, Antônio Cirilo, Judson de Oliveira, Clóvis Ribeiro, André Valadão, Nívea Soares, Heloisa Rosa, Toque no Altar, entre outros.
7- Quais as bandas, cantores, ministérios que influenciam você e seu ministério (musical e espiritualmente falando)?
Bom, espiritualmente falando sou muito ministrado e influenciado pela paixão, intensidade e musicalidade da turma do Hillsong e também do United. A cada CD novo, me surpreendem. Jason Upton me influencia muito pela liberalidade e entrega total que demonstra em suas canções e ministrações. Pr. Cirilo e Nívea Soares também marcam minha vida com sua paixão e desprendimento total de qualquer espírito de religiosidade, e eu amo isto.
Musicalmente falando me identifico muito com o Delirious?, Lincoln Brewster e Paul Baloche.
8- Você está tocando guitarra em algumas ministrações, você está mudando um pouco o seu estilo e as músicas? Vamos em breve conhecer algum trabalho do David Qu
inlan com mais “peso”?
Sempre amei o som de guitarras bem timbradas e tocadas. Desde pequeno me identifico muito com este tipo de som, pois acho que é o instrumento que mais pode expressar o anseio de um clamor… Identifico-me muito com o pop-rock e creio que meus trabalhos futuros serão bem voltados a esse estilo musical.
Meu estilo de música nunca mudou, apenas não conseguia músicos para por pra fora ou entender o som que queimava dentro de mim. Graças a Deus isto vem acontecendo nos últimos anos e me sinto bem realizado nesta área. Quanto ao tocar guitarra… é um sonho e espero um dia chegar lá.
9- Quando você vai ministrar num culto – por exemplo, em um ginásio lotado – você ainda sente um frio na barriga na hora de subir e encarar o público?
Já senti este “frio na barriga” várias vezes, só que com o passar do tempo descobri que o sentia pelo fato de estar olhando para mim mesmo, tentando imaginar se as pessoas iriam gostar de mim ou não, do meu estilo, da minha voz, do “nível” da minha espiritualidade, da minha musicalidade, ou falta da mesma… era tudo, eu, eu, eu. Quero deixar bem claro que estou falando de mim mesmo.
Hoje em dia tenho ciência do meu chamado, ministério e alvo. Quando subo para ministrar meu objetivo já está traçado… “Eu Quero É Deus!”, o resto é conseqüência. Não abandono à congregação ou o público no processo da jornada à sala do trono, mas deixo bem claro que se desejamos mudança temos que arrebatar o coração d’Ele.
10- Quem faz parte do Ministério Paixão, Fogo e Glória (os músicos que te acompanham)? Como é feita a escolha dos mesmos?
Além da minha eficiente, inteligente, linda e maravilhosa esposa cuja parceria foi estabelecida nos céus, pois eu canto e ela encanta, eu ministro e ela administra, temos:
Na bateria, o escudeiro fiel e amigo há anos, Samuel de Oliveira, casado e membro da Igreja Batista de Contagem.
Na guitarra, o amigo e companheiro, Roger Franco que está para casar e é membro da Comunidade Sara Nossa Terra em Belo Horizonte.
No teclado, o caçula e amigo, Dan Marinho, que também está para casar – profeticamente falando – e é membro da Comunidade Sara Nossa Terra em Belo Horizonte.
Na sonoplastia está o Nivaldo Rocha, ímpar em sua função, pai de três filhos e membro da Assembléia de Deus em Brasília, DF.
Além dos músicos também temos uma eficiente equipe de intercessão, distribuição e acessória sem igual. Eu e a minha esposa somos privilegiados.
A escolha é sempre feita debaixo de muita oração e observação dos frutos produzidos. Uma boa árvore produz bons frutos…
11- Conte-nos um pouco sobre o Ministério Paixão, Fogo e Glória e o por que do nome?
O ministério nasceu devido a uma visão dada a minha cobertura espiritual no ano de 1999. “O Senhor está sacudindo o ninho e está na hora de você e sua família voarem…” foi o que me disseram. Tanto para mim, quanto para a minha esposa, esta notícia caiu como uma bomba, foi a última coisa que esperávamos. Estávamos satisfeitos, realizados… Críamos que permaneceríamos com este ministério internacional – Uma Chamada Para As Nações – presidido por Dan e Marti Duke – até a vinda de Jesus ou nossa passagem desta vida para a melhor.
Após dias de oração, indagações e conflitos pessoais decidimos fazer prova de Deus para ter certeza que estávamos no caminho certo e que a visão não era fruto de demasiada pizza. Sonhos, visões, alucinações, pesadelos… Eu tinha que descobrir o que havia gerado este posicionamento que mudaria nossas vidas.
Eu disse para Deus, que se fosse de Sua vontade, eu iria aonde quer que Ele desejasse, contudo necessitava que Ele cuidasse e desse cobertura à minha família. Em função de já estarmos trabalhando com o ministério há quase oito anos, tínhamos conquistado um patamar financeiro estável e nosso dia-a-dia dependia do mesmo. Ao pularmos do ninho a primeira coisa que descobrimos é que nossa segurança financeira havia ficado para trás. Pela primeira vez em toda minha vida tive que experimentar o tal do “viver pela fé”. Garanto que é muito mais fácil falar dela do que viver nela. Para honra exclusiva de Deus, embora provados, Ele nunca deixou faltar qualquer coisa em nosso lar, muito pelo contrário, à medida que o tempo ia passando Ele só acrescentava.
A segunda prova que fiz foi dizer ao Senhor que eu jamais me autoconvidaria a qualquer lugar. Caso a unção que eu havia recebido realmente tivesse vindo d’Ele e Seu desejo fosse me usar para levar esta mensagem a outros lugares, Ele teria que abrir as portas para mim e para honra exclusiva de Deus, assim aconteceu. Hoje não temos como atender a todos os convites que recebemos a cada ano, tanto aqui, quanto fora do país. Deus é Fiel!
O nome é fruto de oração e aliança. Entendemos que o fogo e a glória são frutos de nossa paixão – renúncia, entrega, sacrifício, oração, adoração – e o resultado é abundante louvor. Veja II Cro. 7: 1 – 3.
Artigo extraído do site www.paixãofogoeglória.com.br