Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem.
1 Timóteo 2:5
Ecumenismo é o processo de busca da unidade. O termo ecumênico provém da origem grega, designando “toda a terra habitada”. Num sentido mais restrito, emprega-se o termo para os esforços em favor da unidade entre igrejas cristãs; num sentido lato, pode designar a busca da unidade entre as religiões. Trazendo mais por ponto de vista de nossa sociedade, o ecumenismo significa a aproximação, a cooperação, a busca fraterna da superação das divisões entre as diferentes igrejas cristãs, de segmentos diferentes como a católica e a protestante. É como se fosse uma situação em que igrejas que pensam de maneira diferente devam trabalhar juntas, respeitando, tolerando ou até mesmo admitindo a maneira de pensar umas das outras. E nesse contexto, muito se é enfatizado que se deve trabalhar em unidade, sempre se falando de amor e comunhão, que são pregados por indivíduos aderentes ao ecumenismo. Mas para nossa realidade cristã, o ecumenismo de fato seria um avanço? Ou seria algo prejudicial? Como lidar com um movimento com essas “virtudes”? Sempre devemos buscar uma orientação de Deus para esse e qualquer outro caso.
O movimento ecumênico, tal como o conhecemos hoje, surgiu a partir da Conferência Missionária Mundial, realizada em 1910 em Edimburgo, na Escócia. A principal expressão atual desse movimento é o Conselho Mundial de Igrejas, criado na Holanda em 1948, idealizada e realizada por John Mott, metodista. Em sua motivação original, o ecumenismo foi uma reação contra as múltiplas e profundas divisões existentes no cristianismo. Um exemplo claro pode ser visto na questão do conceito que católicos dão à Maria, que difere muito do conceito dado pelos crentes protestantes. A vinda desse movimento se mostrou muito linda, logo que foi seguida por outras conferências. Ela mostra um cenário pacífico. Sem discórdias. Sem discriminações. Sem conflitos. Sem os grandes problemas gerados pela religião. Todas as pessoas vivendo numa paz, que parece impossível de ser vivida nos dias de hoje. A idéia que o movimento ecumênico traz consegue, é todo esse bem estar na vida do ser humano, mostrando que sua aderência seria o melhor caminho para chegarmos a vontade de Deus para os homens. Mas será que de fato é assim?
Quando se tenta sustentar um movimento como este, os ecumênicos dão sempre ênfase ao amor de Deus. Tal amor é uma característica importantíssima da natureza divina (1 João 4.8 ), porém, pra justificar o que é profano e não agradável a Deus, não usam a Justiça de Deus como uma defesa do seu movimento, visto que tal característica de Deus seria contra os valores defendidos pelo ecumenismo. Em outras palavras, usam as verdades bíblicas apenas em situações que lhe convém. Fala-se do amor de Deus, mas não de Sua justiça. Fala-se da unidade, mas não da santidade. Tudo que é contrário às idéias ecumênicas, é evitado pelos defensores desse movimento. Apesar de biblicamente o ecumenismo ser um movimento incoerente, ele tem crescido de maneira notável na sociedade em que vivemos. Basta se olhar e ver que artistas evangélicos tem se envolvido em situações um tanto quanto confusas. Vemos que padres elogiam os mesmos artistas pelas suas músicas, e que algumas delas são introduzidas em suas capelas. Com a situação já desse jeito, como reverter algo que vem crescendo dia após dia?
Imagine, uma que uma sociedade, venha a aderir ao ecumenismo. Será que seria favorável ao cristãos uma nação que tenha uma ideologia ecumênica? Como já vimos, é um movimento que destaca muito a paz que o próprio proporciona entre seguidores de religiões diferentes, pois visa acabar com os conflitos existentes entre eles. Em outras palavras, é um movimento que de certa forma “uniria” as diferentes crenças com o fim de não se haver lutas ou discórdias entre as mesmas.
Como isso seria para os cristãos? Em relação às doutrinas, que são detalhadas em vários textos da Bíblia? Como numa sociedade onde o ecumenismo é presente, falar sobre salvação, dizendo que Jesus é o único Caminho para a raça humana poder se salvar, poder se achegar a Deus, se em outras religiões muitos acreditam alcançar isso somente por boas obras, ou por serem possuidores de um bom caráter, ou até mesmo alcançar isso por outros deuses? Com essas e outras questões, é bem visível observar que o ecumenismo é no mínimo inviável. Seria muito conflito só nas idéias que cada religião acredita!
Mas os defensores ecumênicos teriam ainda outras justificações para seu movimento. Uma delas é a grande mortandade e prejuízo que os conflitos gerados por religiosos tem acarretado na vida das pessoas. Podem citar, por exemplo, as Cruzadas em que muitas pessoas morreram. Ou até mesmo a época em que Calvino governava uma cidade na Suíça, em que quem não obedecesse ao estilo de vida imposto ali, sofreria uma dura punição, como aconteceu com o médico Miguel de Servet, que foi queimado vivo. Essas e tantas outras histórias serviriam como base de defesa pro movimento ecumênico, mas será que elas provam que o Ecumenismo é uma ótima solução para a sociedade?
Pense agora nas conseqüências do movimento ecumênico, respondendo as seguintes perguntas:
– Seria possível você falar baseado em suas crenças naquilo que acredita sem discordar de outros?
– Uma discordância de sua parte, seria considerada preconceito religioso?
– Como se uniriam tantas religiões com pensamentos tão diferentes?
– Como seria essa “religião ecumênica”?
Como pode se ver, tentar responder a qualquer uma dessas perguntas é uma missão bem complicada. Fica bem claro que o ecumenismo, não seria aquilo que dizem ser. Pode ser uma estratégia, um plano, ou qualquer outra coisa, mas está longe de ser uma solução e de ser a verdade em que devemos caminhar. Devemos nos basear na Bíblia, pois nela podemos sim construir uma vida religiosa de acordo com a vontade de Deus. Cuidado para não se enganar com quaisquer ideais que se apresentam por aí, pois muitas vezes, eles são muito bem pensados e tramados, e quando estão em execução, destroem seus opositores e corrompe seus adeptos.