Quando se é misericordioso com as faltas alheias, e quando não se tem um espírito crítico para se comparar com outros, achando-se superior a eles, quando se vive de forma mundana e carnal, é muito fácil.
O grande desafio é ser assim quando se está santificado pela graça de Cristo. Aqui, a tentação para se tornar fariseu e hipócrita é infinitamente maior, por conta da tendência que há para se descambar para a defesa da justiça divina considerando-a como mera honestidade moral ou adequado relacionamento interpessoal.
Todavia, a par de não ser desconsiderada a importância da honestidade moral, a justiça do evangelho, que nos é oferecida juntamente com a pessoa de Cristo, é a real expressão do perdão, graça e misericórdia de Deus, que estão sendo oferecidos aos pecadores. Importa então, aprender, enquanto cristão a não tentar se tornar a régua de medida do comportamento alheio.
Isto não promove a glória de Cristo, e nem a do evangelho, e não é nada agradável ter um “juiz” sempre pronto a nos condenar por tudo que em nós lhe incomode, mesmo que não estejamos errados aos olhos do Senhor.