Cristo ordenou aos Seus discípulos que eles devem se amar com o mesmo amor com o qual Ele os tem amado. As características deste amor estão destacadas em I Cor 13 e ali nós podemos ver que não é um amor, que busca aos seus interesses, que não se irrita facilmente, que é paciente, benigno, sofredor, longânimo, que não se alegra com a injustiça, mas com a verdade, enfim é uma amor sobrenatural que procede da ação da graça do Espírito Santo em nossas mentes e nos nossos corações.
É um dever imposto à Igreja permanecer neste amor. E quão difícil é manter o amor fraternal na unidade do Espírito Santo, porque demanda completa diligência da parte dos crentes, na sua luta contra a carne, o diabo e o mundo.
Lembremos que os dias difíceis citados em II Tim 3.1, são chegados especialmente a nós, porque nunca, em nenhuma outra época da humanidade, depois do dilúvio, a violência e o sexo ilícito foram tidos na conta de algo desejável e aprovado, pela sociedade como um todo, a ponto dos diretores da indústria cinematográfica afirmarem que é garantia de sucesso absoluto produzir películas onde sejam explorados, a violência e o sexo ilícito, com requintes de crueldade e impureza, porque, segundo eles, é isto que as pessoas de um modo geral estão procurando.
Agora, tanto a violência quanto a fornicação foram a causa da destruição por Deus do mundo antigo com o dilúvio e das cidades de Sodoma e Gomorra, e será por causa do aumento desenfreado disto nos últimos dias que trará os juízos do tempo do fim sobre a terra.
Como podem então, os filhos de Deus se entreterem com tais coisas, seja com o que vêem em programas de televisão, vídeos ou cinema? Deus se agrada disto?
Não admira que tanta vida espiritual e comunhão com Deus estejam sendo destruídas pelo diabo através deste caminho!
Não se trata apenas de corromper ainda mais os que são do mundo, porque o grande alvo do diabo é neutralizar a ação dos filhos de Deus contra o seu reino de trevas, fazendo com que eles caiam da graça por se alimentarem deste alimento que é forjado no inferno.
Os próprios diretores de cinema e produtores de televisão não sabem em sua grande maioria que estão sendo meros instrumentos nas mãos de Satanás, porque são enganados por ele, e muito menos que estão sendo usados para neutralizarem os crentes.
Não necessitamos citar filmes nem programas de TV que se enquadram no padrão de iniquidade desenfreada, porque a quase totalidade deles segue o referido padrão.
Quem se permite ser entretido por este material produzido pelo diabo, em vez de estabelecer um juízo crítico sobre todas as coisas, conforme é ordenado pela Bíblia, para que se possa escolher e reter somente aquilo que é bom e de boa fama; certamente, cairá na armadilha do diabo, e conseqüentemente decairá da Sua firmeza em Cristo, caso estivera nela de fato, anteriormente.
O Senhor não fará vistas grossas para o mal aonde quer que ele se encontre, e não justificará os seus filhos por alegarem que não estavam praticando o mal, senão apenas assistindo-o. Cada um responda por si mesmo sobre os efeitos que são produzidos em seus espíritos pelo consumo deste alimento estragado do Inimigo. Acaso melhoram a sua comunhão com Deus depois de terem consentido em gastar o seu tempo assistindo coisas que não convêm a uma vida de santidade?
Ninguém se iluda porque de Deus não se zomba, e não terá por inocente a qualquer um que transgredir os Seus mandamentos, pensando que é possível manter um coração puro alimentando-o com impurezas.
Se alguém pretende fazer a vontade de Deus terá obrigatoriamente que renunciar ao que o mundo lhe oferece, e especialmente àquilo que é reprovado, não somente pela Palavra de Deus, como por uma boa consciência. Entretanto, mesmo num mundo de trevas mais densas como o nosso, se comparado ao dos dias de Paulo, Deus continua usando de misericórdia.
Deus é santo e em tudo é perfeito. Contudo, planejou restaurar pessoas que Ele criou e que se tornaram não apenas imperfeitas, como também completamente ignorantes de quem Ele seja. A razão disto é a grandeza do Seu amor e da Sua misericórdia.
Este amor e misericórdia de Deus não são meros sentimentos de empatia e compaixão por seres que se tornaram de nenhum valor para Ele, e que viviam somente para os seus próprios prazeres egoístas, indiferentes à Sua Pessoa e vontade, agindo como seus inimigos.
A extensão disto não pode ser avaliada adequadamente por nenhum de nós, senão somente pelo próprio Senhor, cujo julgamento e conhecimento do real estado do nosso coração são perfeitos.
Por isso o evangelho é sobretudo o oferecimento deste amor e misericórdia para que pecadores possam ser restaurados pela graça à imagem de Jesus.