O verdadeiro arrependimento que é segundo Deus, é acompanhado de uma grande aversão ao pecado.
Onde há este arrependimento há um reconhecimento dos nossos pecados, tal como eles são aos olhos de Deus (Sl 32.5; 51.3; Dan 9.4; I Tim 1.13-15).
Foi isto que fez com que o filho pródigo caísse em si e se arrependesse retornando ao seu pai, Lucas 15.21. O verdadeiro arrependimento é acompanhado por um senso de que se confessarmos os nossos pecados, Deus será misericordioso e nos perdoará e nos restaurará à comunhão com ele (1 João 1.9).
Diz-se que o arrependimento segundo Deus é para a vida, porque ele é acompanhado por um encorajamento a gastarmos a nossa vida na prática do bem, e para a exclusiva glória de Deus. O arrependimento é sempre acompanhado pela fé, porque onde não há a genuína fé em Jesus Cristo, não pode existir verdadeiro arrependimento. Então, a conversão sempre será acompanhada por ambos.
Como o arrependimento é acompanhado pela graça e pelo amor de Deus, então nunca será produzido pelos terrores da Lei ou pelas ameaças de juízos divinos em razão da sua transgressão.
É o constrangimento e compunção de coração operados em nós em razão do amor de Cristo e de seu sacrifício por nós, que somos conduzidos a sentir vergonha do que somos e fazemos, pelo temor de entristecê-lo e desapontá-lo com o nosso mau procedimento.
Assim, o verdadeiro arrependimento é acompanhado pelo amor e não pelo terror, e onde está o amor o medo é lançado fora.
Onde há portanto o arrependimento haverá também o desejo de se guardar os mandamentos de Jesus, porque é com isto que provamos que o amamos de fato.
Chorar por causa de males praticados, fazer votos de se reformar, pedir perdão por ofensas cometidas, e qualquer outra coisa que não for acompanhada por tudo o que foi citado anteriormente, não pode ser chamado apropriadamente de arrependimento segundo Deus que conduz à vida eterna.