Evangelho, semanticamente, reportando ao significado da palavra no original grego do Novo Testamento significa literalmente “anúncio de boas notícias”. São boas em sua natureza e efeito para a humanidade.
Somente na Bíblia podemos achar os critérios de determinação do evangelho verdadeiro.
São tantas características a serem consideradas, que é muito comum, focar apenas numa ou em poucas, ou até mesmo distorcidas, e assim, não se chega a uma compreensão correta do verdadeiro significado do evangelho, em sua essência real e nos seus efeitos positivos para aqueles que o abraçam.
A principal característica que deve ser destacada é a do caráter de completa libertação e salvação que está sendo oferecida gratuitamente por Deus a todo aqueles que crêem em Cristo, porque o próprio Jesus é a única Justiça que nos justifica e nos torna perdoados e aceitáveis a Deus, de forma que possamos ser reconciliados com Ele.
Uma segunda característica importante é que esta justificação que conduz à vida eterna, é operada instantaneamente, num dado momento da vida, e tem validade para sempre, por toda a eternidade.
Daqui em diante citaremos outras características sem enumerá-las.
Destaca-se também no evangelho, que é de fato boa notícia, a melhor das notícias, porque não traz em si qualquer juízo condenatório, porque esta justiça que é oferecida pela graça, e obtida mediante a fé, não é para condenar, mas para libertar da escravidão ao pecado.
Isto, por sua vez, nos conduz a um outro ponto importante, que é o de que todo aquele que é justificado pelo evangelho, é também instantaneamente transformado, ao que o Novo Testamento chama de novo nascimento do Espírito Santo, ou regeneração.
Há de fato uma mudança radical nos objetivos de vida de todo aquele que se converte, porque passa a habitar nele um novo princípio vivo operante de santificação, motivado pela presença do Espírito Santo, em comunhão com o espírito do convertido que se achava morto (separado de Deus, não participante da Sua vida divina, sem o conhecimento pessoal de Cristo, sem comunhão com o divino).
Este novo princípio de santidade implantado na natureza terrena do que crê, passa a exercer domínio e repulsa ao princípio vivo do pecado que ainda opera na carne.
Daí sucede uma luta entre a natureza terrena carnal, e a nova natureza espiritual recebida do Espírito Santo.
O alvo deste combate é o de crucificar o ego carnal e fazer prevalecer a mente de Cristo no cristão.
Então, há uma ação real, espiritual, celestial e divina operando em nosso caminhar neste mundo quando abraçamos o verdadeiro evangelho de Cristo, porque somente Ele é o poder de Deus para a salvação de todos os que nele crêem.
Sem esta realidade espiritual operando no viver não podemos dizer que somos autênticos cristãos (discípulos de Jesus, filhos e servos do Deus vivo), porque tudo o que se ensina na Bíblia a tal respeito cumpre-se somente nos que tiveram um verdadeiro encontro pessoal com Cristo.