”Mas os olhos deles estavam como que fechados, para que o não reconhecessem.” – Lucas 24.16.
Seguramente esta foi uma maravilhosa oportunidade que os apóstolos tiveram: ver cara a cara o Filho de Deus. Eles viram a “sua glória como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade”. João pode apoiar sua cabeça com toda a confiança contra o peito do Redentor. Todos podiam falar com Ele, fazer-lhe perguntas, e escutar de seus lábios a Palavra de Deus.
Mas, outros tempos chegaram, nos quais “satanás pediu poder para peneirar aos apóstolos como trigo”. Tempos, nos quais, os apóstolos tiveram que chorar e se lamentar amargamente. Chegou um momento inclusive, em que não O reconheceram, ainda que com Ele estivessem falando. Jesus ressuscitado teve que mostrar-lhes as marcas dos cravos em suas mãos e pés. “Mas” – disse o evangelista – “os olhos deles estavam como que fechados, para que não O reconhecessem”.
O mesmo ainda acontece em nossos dias, e é muito importante que entendamos isso. Não me refiro aos incrédulos, aos que não se arrependeram; nem aos que atacam a verdade e negam o que a Bíblia diz. Falo dos que foram convertidos e são crentes; contra eles o diabo dispara as suas flechas incendiárias, colocando em dúvida as verdades mais preciosas. Refiro-me aos que querem firmemente crer em tudo o que a Palavra de Deus diz, mas não podem. Contra seus desejos e vontade surgem de vez em quando dúvidas e suspeitas. Que fazer? Neste caso nossa vontade para nada serve, e, tampouco, nem nenhum arrazoamento humano. A única coisa que podemos fazer é nos humilharmos debaixo da poderosa mão de Deus. Isso nos ajudará a aprender o que temos que aprender, ou seja, a nos sujeitarmos à vontade de Deus, e em tudo depender Dele, confiando em suas boas intenções para conosco.
Assim chegará o momento em que esse crente tentado, que se manteve fiel sem se desesperar e nem se entregar, verá tão grandes testemunhos mostrando que a Palavra de Deus é a verdade, que ele se regozijará de assombro. Será quando o Senhor dirá à sua alma: “Recebe a vista!”, e Ele dirá a satanás: “Sai fora!”, e à tormenta: “Cala-te e emudece-te…!”.
Oremos:
Querido Deus, ajuda-nos a usar bem o descanso semanal, que não foi instituído nem para a preguiça e nem para a satisfação da carne, senão para que o santifiquemos. Amém.
C.O.Rosenius (1816-1868) Nuevo Dia – Trad. Sóstenes Ferreira da Silva