Desde que Deus criou o primeiro homem, séculos e séculos se passaram. Quão diferentes foram as gerações em sua própria época quanto às artes, à tecnologia; aos processos de produção, etc.
Todavia, a necessidade essencial básica do ser humano, perante Deus, tem permanecido inalterada.
Muito desta necessidade se refere a afetos, intenções, e ao tipo de caráter que o homem deve possuir.
Mais do que capacidade operativa, trabalho, serviços, obras, espera-se o amor ao Senhor, o qual se traduz muito mais nos pontos destacados anteriormente, do que em qualquer outra coisa.
Esta verdade está claramente declarada na palavra de repreensão dirigida por Jesus Cristo à Igreja de Éfeso, em Apocalipse 2.4-5.
Ele também definiu o amor como sendo o guardar os Seus mandamentos. Note que a grande maioria destes mandamentos pouco tem a ver com ações, e por isso, apesar de terem sido numerosas as obras de Éfeso, Jesus mostrou que eram dignos de compreensão porque falhavam justamente no essencial.
Em outra passagem das Escrituras Jesus apontou o valor do viver pela fé, quando disse aos judeus que a obra que se esperava deles era que cressem nEle. E que somente aqueles que permanecessem na Sua Palavra seriam identificados como Seus discípulos. Jesus nos foi enviado pelo Pai para nos ensinar e aplicar em nossas vidas a fé, o arrependimento, a adoração, a oração, o louvor, a paciência, a longanimidade, a alegria, a misericórdia, a paz, o perdão, a justiça, a mansidão, o amor. Coisas estas que têm muito mais a ver com a necessidade da nossa transformação individual, do que com as nossas ações e obras, as quais a par de serem importantes, nenhum valor terão diante de Deus, se não forem acompanhadas por estas virtudes citadas, que são possíveis de serem obtidas somente pela graça, mediante a fé e santificação do Espírito Santo.
Obras, conhecimento, política, investigação científica e filosófica, tecnologia, e tudo o mais que se relacione a este mundo e ao plano temporal, e mesmo concílios religiosos, debates apologéticos, processos para crescimento numérico de igrejas, e outros assuntos correlatos, por si só, em nada contribuem para o propósito de formar o homem interior que é segundo o coração de Deus, pois isto só é possível por meio da santificação na verdade, a antiga verdade revelada na Bíblia conforme o próprio Jesus afirmou em João 17.17: “Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade.”
Fujamos portanto, da tentação de desprezar a meditação e prática bíblica em prol de contextualizações modernas que nos afastam dos princípios e mandamentos imutáveis da Palavra de Deus, a bem de nossas próprias almas. Examinemos tudo e retenhamos o que é bom, porque afinal somente uma coisa é necessária, e de nada aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro e por fim perder a sua alma.
“Por esta razão, importa que nos apeguemos, com mais firmeza, às verdades ouvidas, para que delas jamais nos desviemos.” (Hebreus 2.1)