Morava em uma pequena vila , no litoral da Amazônia, certo pescador que vivia murmurando e se queixando da própria sorte. Costumava dizer que era esquecido por DEUS ou até mesmo era um homem marcado pela desgraça. Vivia entre a ilusão e torpeza da bebida, escondendo suas frustrações, receios, fraquezas, sonhos, objetivos em cada gole de aguardente.
Um dia, como outro qualquer, saiu bem cedo antes do galo cantar. Contemplou o oceano, respirou fundo e se lançou no barquinho no mar errante em busca da sobrevivência. Passou duas horas e nenhum sucesso com as redes, nenhuma sardinha, passou mais duas e nada. Disse em seu coração: – Mais um dia daqueles brabo, que desgraça! Será que DEUS existe mesmo? Então veio um forte vento que emperrou a embarcação mar adentro. Seu coração acelerou, suas mãos ficaram tremulas e o pequeno motor desfaleceu com as rajadas agressivas.
O continente desapareceu, o frio congelou seus reflexos, sua coragem, seu ânimo. Procurou por água para matar a sua sede e ela se foi com o vento. “Água, água por todos os lados, mas nenhuma gota para matar a sua sede”. Pensou em DEUS e chorou como criança. Então o vento enfraqueceu. Continuou chorando e começou a chover de forma fraca, parecia que era apenas em cima do barco. Pegou o seu caneco e matou a sua sede. Na mesma hora, ele se sentiu impotente, inseguro, pois não existia chão debaixo de seus pés e que apenas a misericórdia do SENHOR DEUS poderia salvá-lo. Nada que poderia garantir a volta segura para casa, só DEUS garantiria sua volta . Neste instante, lembrou quando era criança, no colo de sua mãe. Lembrou das orações, das súplicas, das lágrimas que se perdiam na madrugada. Lembrou dos brados de vitória: Glória a DEUS!!! Aleluias!!! Obrigado SENHOR JESUS! Como sua mãe era feliz com aquela vida simples regada a peixe, farinha e água (nosso chibé). Mas cheio da doce presença de JESUS. Naquela casa a enfermidade, fome e tristeza não se alojavam. Só tinha lugar para o SENHOR JESUS.
Pensou ele: – como me tornei isso? Como pude esquecer das promessas? Como pude negar ao DEUS dos meus pais? Sou eu um filho pródigo? Preciso encontrar e aceitar realmente a CRISTO. Então, ele se prostrou diante dos céus e do SENHOR, se desarmou, reconheceu suas falhas e que ele não era nada sem DEUS. Aceitou a JESUS como SENHOR da sua vida. O frio da manhã aliada à chuva fina cessou, foi substituído pelo calor do ESPÍRITO SANTO. As correntes marítimas por um milagre começaram a levá-lo de volta ao continente. Um hino da Harpa Cristã: – Solta o cabo da nau……..lá, lá, lá, da vaga lembrança embalava o retorno ao porto seguro. Em seu coração agora ardia as chamas do ESPÍRITO. Nada o poderia deter, estava nele o primeiro e puro amor. Ele precisava falar para todos do grande milagre. Ele correu para os braços dos seus para compartilhar como pão, de como o pescador à deriva encontrou o verdadeiro porto seguro, o SENHOR JESUS.
Um grande abraço fraternal em CRISTO JESUS….