Não anulo a graça de Deus; pois, se a justiça é mediante a lei, segue-se que morreu Cristo em vão. Gl 2.21
Nestes últimos dias tenho acompanhado com pesar algumas das mais novas Teologias implantadas no meio gospel.
Lembro-me de quando surgiu a “revelação” da Nova Era na década de 80 e 90, o Slogan adotado era: Nova Era, a velha mentira, por se tratar de uma filosofia que já existia a muito tempo. Hoje quando vejo os absurdos pregados e vou à Bíblia vejo que os mesmos já eram problemas desde as épocas de Paulo, Pedro, João e tantos outros.
Desta vez não quero falar da Teologia da Prosperidade não. Muitos já sabem minha opinião, quero me deter a algo que tem me tirado o sono… “A Justificação pela Lei”.
Parece loucura que isso seja verdade, pois vivemos num tempo de Graça e a Lei é coisa do passado, certo? Errado! Pelo menos é o que tem sido visto em muitos lugares… A Justificação tem sido feita e computada mediante a atos, obras e ações, ou seja, Lei.
Uma das maiores dificuldades que tenho é criar a linha que separa a graça de Deus, da permissividade dada pelos homens, e vejo que Paulo também pensava nisso quando dizia: “Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que seja a graça mais abundante?” Rm 6.1. Como evitar os extremos?
Há aqueles que usam a graça para justificar tudo. Podem fazer tudo, pois afinal foram justificados e isso não veio deles, foi dom de D-us. Isso banaliza a Graça de D-us… Isso banaliza o sacrifício vigário e doloroso da cruz, que nos fez livres e não libertinos. A graça nos aprisiona sim, mas nos aprisiona por amor e não por medo. E, quando há amor há de se querer agradar ao amado.
Quando falo em justificação pela lei o faço vendo hoje as agruras que andam por ai…
Tenho visto bênçãos sendo alcançadas por mérito, mediante a pagamento (indulgencias?) de dízimos e ofertas. Tenho visto penitências sendo estipulada com jejuns mecânicos e ofertas vazias, mas o pior que tenho visto é a crueldade com que se tratam àqueles que, fracos na fé, tropeçam e caem. A estes pedras são arremessadas me fazendo relembrar os tempos bíblicos vetero-testamentarios das condenações da lei.
Se enchemos a boca para pregar o evangelho aos de fora, tentando convertê-los e oferecemos o perdão dos pecados para aqueles que estão atolados na lama, e somos tão complacentes com o fato de receber aqueles que se achegam tão machucados, por que quando alguém que já está entre nós, no circulo da fé, cai não merece clemência e é logo abandonado e lançado fora? Levamos tanto tempo buscando os de fora e quando os temos dentro somos tão implacáveis e acusadores. Por que as pessoas perdem tanto o valor quando já pertencem ao rol de membros e são tão facilmente excluídas?
Lei, lei, lei… temos que cumprir a lei, certo? Não, temos que AMAR!!!
Amar, cuidar, oferecer ajuda, principalmente aos da casa! (Gl 6.10).
Este desabafo serve para a reflexão de como estamos tratando aqueles que precisam de ajuda e estão dentro das nossas igrejas.
Paulo me informa algo muito interessante quando diz: “Porque não faço o bem que prefiro, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim. Desventurado homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” Rm 7.19,20 e 24.
Este é um convite ao amor, a graça, pois se a justiça é mediante a lei, segue-se que Cristo morreu em vão.