“Mas disse Jesus: Alguém me tocou; pois percebi que de mim saiu poder.” Lc 8.46
A divindade de Cristo é alguma coisa da qual às vezes nos abstraímos quando lemos as Escrituras. De tal forma nos impressionamos com os aspectos de sua humanidade, que nos esquecemos vez por outra que, em todos os instantes em que conviveu conosco, ele era também Deus-Filho.
Sim, lembramo-nos sempre que teve sede, e pediu à mulher samaritana que lhe desse da água do poço de Jacó. Lembramo-nos que teve fome, e comeu com os discípulos os peixes colhidos no mar de Tiberíades. Lembramo-nos que entristeceu-se e chorou quando soube da morte de Lázaro. Lembramo-nos que sentiu carinho pelas crianças, e as abraçou com amor e ternura.
E, em tudo isto, esquecemo-nos que ele era Deus também; que mesmo quando os homens o exaltavam, ele não se convencia disto “pois bem sabia o que ia em seus corações”; que quando Judas se chegou para ser um dos discípulos, ele o recebeu, mas “desde o início sabia quem o iria trair”; que quando aquela mulher o tocou, o fez por um desígnio diferente dos demais, que simplesmente esbarravam nele entre a multidão.
Por isso, por fixar-nos muito em sua humanidade, esquecemo-nos muitas vezes da sua divindade. Esquecemo-nos que tal qual a mulher que nele tocou para ser agraciada, nós em nossos dias, podemos receber também a dádiva do seu poder, se o buscarmos e o amarmos.
Estamos, ao final de cada dia, conversando com ele? Vivemos orando e pedindo a sua intervenção em nossa vida? Temos buscado refletir em seus ensinos para deles retirar a orientação e direção para o nosso viver? Lembremo-nos que se assim procedermos, tal qual a mulher que nele tocou, seremos tocados pelo poder que dele emana, e nesses dias tão turbulentos que vivemos, receberemos ,para i nossa vida, a dádiva de seu poder.
Faze-me, Senhor, acreditar que tu atuas em meu viver, e que assim crendo e vivendo, possa sentir a presença do teu Espírito em cada dia de minha vida.
artigo extraído do site www.gospel.org.br