Em Mateus, capítulo 7, versículos 17 a 20, percebemos que, no sentido bíblico, o fruto está associado às nossas atitudes: “Assim, toda a árvore boa produz bons frutos, e toda a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa dar maus frutos; nem a árvore má dar frutos bons. Toda a árvore que não dá bom fruto corta-se e lança-se no fogo. Portanto, pelos seus frutos os conhecereis”.
Se nossas ações estiverem de acordo com os ensinamentos de Cristo, daremos sempre muitos frutos. E frutos excelentes. “Toda a vara em mim, que não dá fruto, a tira; e limpa toda aquela que dá fruto, para que dê mais fruto. Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado. Estai em mim, e eu em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em mim. Eu sou a videira, vós as varas; quem está em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer” (João 15.2,5).
Podemos dizer que o fruto do Espírito é a manifestação das virtudes de Deus na vida do cristão, conforme o grau de entrega deste como servo ao Senhor. É uma obra do Espírito Santo, transmitindo ao homem toda a plenitude do Pai.
O fruto do Espírito nos torna pessoas mais parecidas com Cristo, uma vez que constitui-se em expressões do seu caráter em nossas vidas. O fruto também produz santificação à medida em que nos purifica pela Palavra.
Note que o termo fruto não se encontra no plural, levando a interpretação de que o mesmo é apenas um, subdividido em nove virtudes ou atributos. Tendo no amor sua origem, essa é a principal virtude do fruto do Espírito, sendo as demais conseqüências naturais de sua prática constante. “Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança” (Gálatas 5.22).
A principal virtude do fruto é o amor, simplesmente porque Deus é amor. “Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor é de Deus, e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, porque Deus é amor” (1 João 4.7,8).
E como praticar esse amor?
Assim como os grandes heróis da fé, medite na Palavra de Deus. É o caminho certo para o sucesso na vida do cristão. “Não se aparte da tua boca o livro desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido” (Josué 1.8).
Quando meditamos na Palavra e a praticamos, somos conduzidos de forma a termos equilíbrio em nossas atitudes. Esse, contudo, parece ser o maior desafio: praticar o que lemos e aprendemos.
É preciso vencer o estágio de mero ouvinte e leitor da palavra e a praticar diariamente em todas as situações. No aconselhamento de Tiago, “Sede cumpridores da palavra, e não somente ouvintes, enganando-vos com falsos discursos. Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao homem que contempla ao espelho o seu rosto natural” (Tiago 1.22,23).
É preciso constantemente caminhar para um nível maior de aplicabilidade dos preceitos divinos e abandonar os mandamentos deste mundo.
Deixe que o Espírito Santo guie seus passos e não se surpreenda com as maravilhas que acontecerão em sua vida. Através do amor que brotará em você, você conseguirá discernir todas as coisas por meio de sua experiência individual com Deus.