Quem observa os noticiários do dia-a-dia já deve ter visto que um termo muito conhecido foi mudado de uns tempos pra cá: “risco de vida” foi trocado por “risco de morte”. Em minhas andanças pela internet vi algumas pessoas dizendo que esse termo foi trocado depois que um professor famoso fez um comentário sobre a lógica de “risco de morte”, dizendo que não existe “risco de vida” já que o termo é utilizado quando a vida corre perigo. Não sei se essa história é verídica, mas ela realmente me fez pensar: risco de vida pode acontecer?
Fico imaginando se algum parente ou um amigo muito chegado estive com uma doença terminal e eu tivesse a oportunidade de salva-lo. Certamente que entregaria todo o meu dinheiro, doava algum órgão, cuidaria pessoalmente do que tivesse ao meu alcance para que essa pessoa tivesse o melhor; faria todo o possível para salvá-la, para afastar o risco de morte. Isso porque damos a devida importância á doenças gravíssimas como câncer, AIDS ou tantas outras, e certamente também trataríamos dela com a devida seriedade. Ninguém diz por ai: – “Ah, é só um câncerzinho!”, ou: “- Ah, e apenas AIDS!”. Se não somos descuidados com coisas que nos fazem mal aqui na Terra, então porque às vezes somos tão descuidados com uma coisa ainda mais séria: A falta da Salvação! A bíblia nos diz claramente que “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23), sendo assim o estado original do homem é afastado de Deus porque “as nossas iniqüidade fazem separação entre nós e o vosso Deus; e os nossos pecados esconderam o Seu rosto de nós, de modo que não nos ouça”(Isaias 59:2). Sim amado irmão, tudo o que merecemos por nós mesmos é apenas a ira de Deus por causas de nossos pecados, e às vezes tratamos o pecado como se fosse apenas algo simples, como uma pequena gripe. Não damos a devida importância ao pecado enquanto nossos amigos e parentes caminham a passos largos para a perdição.
Quando estávamos mortos para Cristo, Ele viu em nós algo que muitos não viam: enquanto uns viam tragédia, Cristo via possibilidades; enquanto uns viam um futuro terrível, Cristo já tinha um plano pronto de uma vida santa; enquanto uns viam morte, Ele nos ofertou a vida. Muitos de nossos irmãos cristãos também sofreram dores, e dores de morte, como Jerônimo Savonarola, um padre agostiniano que desafiou a autoridade papal para dizer que somente em Cristo existe salvação, sendo primeiro torturado e depois queimado em praça publica. Conta-se uma história que para humilhar a memória de nosso irmão mártir, Leonardo Da Vinci pintou o seu rosto no personagem que seria Judas Escariotes na pintura da santa ceia. E é assim que o mundo prefere tratar a verdadeira vida, com desprezo e tentando desmoralizar aqueles que são verdadeiros exemplos de como nós devemos amar a verdadeira vida.
Não me surpreendo em ver o mundo no estado em que está afinal “… o mundo inteiro jaz no Maligno” (I João 5:19b) e também já sabemos que “… o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus.” (2 Coríntios 4:4). Nós sabemos disso, mas temos que abrir os olhos daqueles que estão próximos. Não tenho o direito de escolher quem vai entrar nos Céus, isso é uma atribuição de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, mas tenho sim a obrigação de levar o evangelho para onde for, se não com palavras, posso levar através do meu testemunho, afinal o Senhor morreu para dar vida por todos, inclusive Ele morreu para perdoar também o pecado que cometeram contra você hoje. A oportunidade de risco de participar dessa vida é dada para todos igualmente.
Sabendo disso, acreditamos sim que existe um risco de vida. Corremos o risco de vida de Cristo quando obedecemos ao Senhor; corremos o risco de vida de Cristo quando escolhemos abençoar os que nos amaldiçoam; corremos o risco de vida de Cristo quando escolhemos não pecar. Mas existe algo que devemos sempre lembrar: Temos que propagar a oportunidade de risco de vida! Cristo morreu por todos seus amigos, parentes, conhecidos e até inimigos. Amado irmão, não vamos permitir que qualquer coisa venha nos afastar de um dos principais propósitos, que é levar o evangelho. Existem dias que estamos tão envolvidos com as coisas desse mundo, incluído a nossas buscas por uma vida melhor, a solução dos nossos problemas e até mesmo a nossa busca pelo Senhor, deixando de lado o nosso próximo. Devemos sempre lembrar: “Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, não pode amar a Deus, a quem não viu.” (1 João 4:20).
Leve a palavra, e permita que outras pessoas também corram risco de vida, da vida de Cristo
Graça e Paz