Nenhum cristão deve buscar o que é somente do seu interesse, mas, sobretudo o que é do interesse dos outros.
Se não agimos deste modo, ficamos privados da graça, porque Deus somente a concede, à Igreja que vive em unidade. Sem a graça não podemos ficar de pé, permanecendo na presença de Deus.
O amor em unidade é um dever.
E esta unidade não é de caráter carnal, mas espiritual, segundo a fé e a sã doutrina.
Cristo ordena aos Seus discípulos, que eles devem se amar com o mesmo amor com o qual Ele os tem amado.
As características deste amor estão destacadas em I Cor 13. Ali podemos ver que não é um amor que busca o seu interesse, que não se irrita facilmente, que é paciente, benigno, sofredor, longânimo, que não se alegra com a injustiça, mas com a verdade. Enfim, é um amor sobrenatural, o amor conforme ele se encontra na essência de Deus, e que nos é comunicado pela ação da graça e poder do Espírito Santo em nossa mente e coração.
E, quão difícil é manter o amor fraternal na unidade do Espírito Santo, porque demanda completa diligência da parte dos cristãos na luta contra a natureza carnal pecaminosa, o diabo e o fascínio do mundo.
Se alguém pretende fazer a vontade de Deus terá obrigatoriamente que renunciar ao que o mundo lhe oferece, e que é contrário ao modo de vida que nos foi determinado por Cristo.
Nós temos que amar o nosso próximo como a nós mesmos, sabendo que nós, tanto quanto eles estávamos destituídos da graça de Jesus, em completa situação de miséria e debaixo de uma condenação eterna.
Importa fazer valer, sobretudo a misericórdia e a humildade em nosso testemunho de vida.
Jesus nos deixou o exemplo supremo disto, para que seguíssemos Seus passos. Se o fizermos, somos bem-aventurados e temos a aprovação de Deus.
Os que são de Cristo devem viver como Cristo viveu neste mundo, deixando-nos Seu exemplo para ser seguido.
Cristo era totalmente manso e humilde de coração, como Ele próprio afirma em Mt 11.29.
Em tudo o que fez nunca estava buscando ser servido, mas servir; nunca estava buscando o que era do Seu interesse, mas veio buscar e salvar o que se havia perdido, como se vê em Lc 19.10. Tão intenso foi Seu serviço em favor dos homens, que não tinha sequer onde reclinar Sua cabeça, e raramente tirava tempo para descansar.
Ele se gastou completamente por amor aos pecadores, até à morte na cruz.
E estando nós crucificados juntamente com Ele, é exigido de nós que vivamos com o mesmo amor.