“Visto que todas essas coisas hão de ser assim dissolvidas, que pessoas é necessário que sejais em procedimento santo e piedade?” (2 Pe 3.11)
Com estas palavras o apóstolo Pedro afirmou de maneira implícita que a destruição de todas as coisas no universo pelo Juízo de Deus para a criação de um novo céu e de uma nova terra, seria devida à falta de um procedimento santo e de piedade na humanidade.
Ele havia argumentado anteriormente em sua epístola contra os falsos mestres e os escarnecedores que vivem impiamente e que zombam não somente daqueles que vivem de modo santo, como das próprias ameaças do juízos vindouros de Deus, especialmente os que serão precipitados com o segundo advento de Cristo.
Ora, se o motivo da destruição é este que foi apontado, como podem então os cristãos viverem de modo não santo e impiedoso?
Eles são salvos por Cristo para serem libertos do pecado de modo a viverem consagradamente a Deus na prática da justiça e da santidade.
Por isso o apóstolo arrazoa conosco sob forma de perquirição quanto ao tipo de pessoas que devemos ser no assunto da santificação e de um viver piedoso.
Esta ênfase colocada por ele no procedimento santo e piedoso nos adverte quanto à necessidade de empenho, diligência e constância em nossa caminhada cristã, porque esta é a única forma de sabermos se fomos de fato salvos por Cristo, uma vez que um procedimento santo e piedoso forjado pelo próprio homem, sem a operação do Espírito Santo em sua vida, poderá conduzi-lo a um terrível engano.
O dever da santidade é um dever universal imposto por Deus a todas as criaturas morais, sejam homens ou anjos. Onde faltar a santidade, haverá juízo, e já não mais juízo sob as águas como no dilúvio, mas juízo de fogo, conforme profetizado nas Escrituras.
Será um juízo de fogo não de ourives, ou seja, para purificação, mas um juízo de fogo consumidor para exterminar o pecado e com ele juntamente o pecador não arrependido e santificado.
Daí se afirmar em Hebreus 12:14 que sem santificação ninguém verá o Senhor.
É algo duro e terrível para se dizer, mas é a pura verdade que no devido tempo será devidamente confirmada e consumada.
Felizes os que se dão por avisados quanto ao atendimento da advertência do apóstolo e que respondem com suas vidas santificadas à perquirição apresentada:
“Que tipo de pessoas é necessário que sejais?”