Jesus disse que quem recebesse um pequenino, uma criança; o semelhante; ou um profeta, ou um exilado e estrangeiro; ou que visitasse doentes, presos injustamente [ou com justiça]; que desse aos desconhecidos agasalho no frio, comida na fome, água na sede, e que tratasse a todos como gostaria de ser tratado com justiça e bondade — esse estaria, está e estará servindo a Jesus; e vivendo no altar de Deus, cultuando enquanto respira; e fazendo tudo o que de fato a Deus interessa no mundo em relação a ser adorado pelo homem.
Tudo o mais não conta para o bem no juízo entre cabras e ovelhas; ou no dia da separação do joio do trigo; ou mesmo no dia em que a rede que hoje pesca peixes bons e maus será objeto de intervenção de anjos, separando peixes bons de maus.
No final somente as coisas do amor serão contadas e permanecerão.
Ora, Aquele que neste mundo [para não falarmos na Vida da qual Ele é autor] mais viveu assim, foi Quem nos ensinou que a vida é assim: Jesus.
Ele escolheu gente inexpressiva ao mundo-mundo, deu tempo a quem ninguém nada dava, mas apenas tomava; atendeu crianças sem influência, velhos sem futuro, loucos sem casa, figuras controversas, anti-cidadãos; enquanto chamou vários que não aceitaram, não aceitou muitos que se ofereceram, e foi deixando ficar quem foi ficando, até mesmo mulheres casadas, conforme Lucas 8.
Se Ele dormisse num lugar numa noite, no dia seguinte no máximo se acharia o resto do braseiro que teria aquecido a noite que se fora.
Jesus vive como um anti-rei humano. Ele é um anti-faraó: só levava o que se embutia no coração; e nada mais. Assim, Ele demonstra na prática como aquilo que aos homens era elevado, era abominação aos olhos de Deus; do mesmo modo que os impossíveis para os homens são possíveis para Deus; ou mesmo como é impossível um camelo passar pelo fundo de uma agulha, embora ele possa ser engolido por um fariseu legalista.
O que interessa a Deus?
Ora, tudo o que existe como prédio de Deus na Terra nada tem a ver com Ele, nem mesmo se fosse hoje erguido um santuário na Esplanada do Templo em Jerusalém. No final tudo tem a ver com o olhar de amor para com gente e a disposição de agir em amor prático em favor do próximo e da vida; ainda que o vento varra todas as evidencias e ninguém mais lembre em tempo algum daquilo que foi realizado sem Big Brother algum, nem mesmo o de sua justiça-própria.
No fim Jesus só vai querer saber se os atos de amor foram naturais em você. É por isso que as “ovelhas dessa graça” ficam surpreendidas ao serem chamadas para a Glória do Pai [Mateus 25]. Elas faziam porque era bom, justo e certo. Mas não pensavam em galardão algum. Afinal, o verdadeiro galardão é o privilégio da revelação e a alegria simples de servir sem qualquer outra expectativa.
No fim Jesus vai querer saber acerca de solidariedade e da fé que atua pelo amor; assim como quererá saber se você cuidou bem das criaturas e da criação; assim como de você mesmo; pois, o mais, não é agenda Dele.
Com Toda Certeza Nele.
Artigo extraído do site www.dotgospel.com