É possível isto?
Afinal não é apenas uma a natureza dos homens, assim como a dos demais seres vivos?
E não é pela natureza que se possui que são definidas as características essenciais de cada espécie, seja no reino vegetal ou no animal?
Todavia, se aos animais e vegetais não é dado o possuir qualquer outra natureza; à raça humana isto não somente é possível como desejável, segundo fora planejado pelo Criador.
A razão disso é que o homem foi projetado para ter além da natureza terrena, a celestial.
A terrena foi corrompida pelo pecado e encontra-se sob a sentença de condenação eterna.
É somente pela obtenção da natureza celestial e divina, por meio da fé em Jesus, que a culpa da natureza terrena é apagada, e o princípio operativo do pecado condenado e destruído, preservando-se a pessoa do pecador para aquela perfeição absoluta que será obtida no porvir.
Os que são de Cristo, carregam então duas naturezas que estão em permanente conflito enquanto viverem neste mundo – a terrena e a divina – que se opõem mutuamente, para obterem o domínio sobre a sua vontade, afetos, inclinações e emoções.
O pendor que opera na natureza terrena conduz ao horror e à morte espiritual, e o que há na divina, para a paz e a vida eterna.
O vinho novo da graça de Jesus é derramado somente no odre novo da natureza celestial e divina, designada na Bíblia por nova natureza ou nova criatura.
Mas o vinho velho do pecado continua operando na velha natureza terrena.
Daí a necessidade de se viver pela fé, andar no Espírito, santificando-se mediante a prática da Palavra de Deus, para que sejamos governados pela nova natureza e não pela antiga.
Pr Silvio Dutra