“A espada virá sobre as suas águas, e estas secarão; porque a terra está cheia de ídolos e os seus moradores são loucamente apaixonados por estas coisas horríveis” (Jeremias 50:38)
Esta é uma parte do juízo de Deus proferido contra Babilônia. Babilônia representa na Bíblia o mundo de pecado, em sua condição carnal, afastado do Deus vivo e verdadeiro. Aqui se fala do juízo em razão da idolatria, que literalmente significa “adoração de coisas vãs” no lugar da adoração devida exclusivamente ao Senhor.
Há várias formas de criarmos e amarmos os nossos próprios ídolos – pessoas ou coisas que controlam os nossos afetos, que ocupam os nossos pensamentos, às quais dedicamos o todo de nossas energias e de nossas mentes.
É fácil sabermos quando algo está ocupando a devoção e adoração que devemos exclusivamente a Deus.
Se a simples ideia de perder estas coisas ou condições (saúde, bens, familiares, etc) causa em nós uma sensação de pavor, de vazio e de falta de razão de continuar a viver com paz, alegria, contentamento, amor e gratidão em nossos corações para com o Senhor, é sinal de que estas coisas ou condições têm sido um tipo de deus para nós, porque é delas que dependemos para nos sentirmos felizes, plenos, satisfeitos.
Não admira que para sermos curados deste mal, que o Senhor nos prive de muitas coisas que almejamos, e que nos retire outras que se encontram debaixo da nossa posse, para que sejamos desmamados, e não façamos delas muletas para sermos mantidos de pé.
Dinheiro, poder, estima dos homens, respeitabilidade, conforto mundano, conhecimento, são ídolos perante os quais a maior parte das pessoas se curvam e servem, como sendo a razão de suas vidas.
Felizes são portanto aqueles cujos ídolos têm sido quebrados por Deus em Sua misericórdia e amor para com eles.
Se estes ídolos não forem destruídos jamais conheceremos o poder da vida sobrenatural e eterna que Jesus tem para nos revelar e ministrar em medidas cada vez mais profundas, a qual não depende de pessoas, de bens, circunstâncias ou de qualquer outra coisa, e que faz com que Deus, e somente Deus, seja o nosso único amparo e deleite.
Os que são assim abençoados não se gloriam em suas riquezas, habilidades, sabedoria ou força, senão somente no conhecimento pessoal e íntimo do Deus único e verdadeiro.
“Jer 9:23-24 Assim diz o SENHOR: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o forte, na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR e faço misericórdia, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR.”