Alguns anos atrás, caiu sobre mim de repente a percepção de que não existe maneira mais eficaz de orar do que orar com as Escrituras. As melhores reuniões de oração são aquelas nas quais o diabo é desafiado e algo novo é apreendido no plano construtivo de Deus. Esta é uma maneira de alcançar aquilo pelo qual eu fui alcançado por Cristo Jesus (Fp 3.12).
Quando você abre a Bíblia na presença de Deus, uma palavra, frase ou pensamento pode chamar sua atenção. É nesse ponto que você deve fazer uma pausa e meditar, orar, indagar ao Senhor. Com toda a probabilidade, Deus está lhe fazendo um apelo especial; ou, caso já tenha respondido a isso pessoalmente, pode ser um apelo divino a ser expresso através de você de forma bem mais ampla.
Empunhe a espada de Deus
Tome essa palavra em suas mãos. É Deus que está lhe entregando a sua espada. Portanto, não a perca. Não deixe o diabo lhe roubar essa arma que pode ser usada para derrotá-lo e implementar o plano de Deus.
Quando não consegue derramar sua alma em oração, você pode tomar uma palavra, uma frase ou um versículo. Apresente-a diante de Deus, desafiando todo o inferno a impedir o seu cumprimento. Isso é guerra espiritual. É o que significa tomar e usar a espada do Espírito (Ef 6.17). Até o discípulo menos esclarecido tem o direito de fazer isso.
Tome a decisão de separar um tempo e de dedicar-se à oração. Deixe de lado tudo o mais, até mesmo a comida, por uma manhã inteira ou uma tarde inteira, e entregue-se totalmente à genuína atividade da oração. Ore na posição e do jeito que achar melhor – com palavras, ou suspiros, ou mãos erguidas ou com o seu dedo na Bíblia aberta; talvez queira escrever o que vê no Espírito, copiando as promessas de Deus, apondo a sua assinatura nelas e dando um fervoroso “Amém!”.
Amados, as revelações da Palavra devem tornar-se objetos da nossa fé. Use-as. Aplique-as. Ouse fazer isso!
Acho muito proveitoso fazer duas coisas na oração: uma, tomar a Palavra de forma específica e apresentá-la diante de Deus; e, segundo, apresentar uma pessoa, grupo ou lugar diante dele, dizendo o tempo todo “Amém!” à vontade de Deus.
Mãos Erguidas
Na primeira carta de Paulo a Timóteo, há uma exortação a que se façam “súplicas, orações, intercessões, e ações de graças … por todos os homens” (2.1). Em seguida, vêm estas palavras como uma espécie de clímax à sua exortação: “Quero, pois, que os homens orem em todo lugar, levantando mãos santas sem ira e sem discussões” (2.8, NVI).
Aprendi esse hábito muito cedo na vida cristã e posso me lembrar de alguns incidentes marcantes nos quais vi a derrota do diabo e a intervenção de Deus, ao aplicar essa tática de apertar o inimigo sem lhe dar qualquer trégua. Paulo estava tão convencido da sua eficácia que fez questão de exortar Timóteo sobre isso. Nós temos o potencial de manter uma situação inteira diante de Deus no silêncio da sua soberania, enquanto forças invisíveis são mobilizadas para cumprir a sua vontade e anular as obras do diabo.
Paulo não está advogando uma atitude mental, como a focalização de alguma grande força psíquica sobre as pessoas, o que é uma falsificação diabólica da oração da fé. A batalha à qual ele se refere é quando todas as forças redimidas, em harmonia e cooperação com Deus, se reúnem para trazer mudanças, tanto em questões pessoais como mundiais, de acordo com a expressa e soberana vontade de Deus. Leia toda a passagem de 1 Timóteo 2.1-8 e procure orar com um novo entendimento por todos os homens, batalhando no Espírito com mãos levantadas.
A Onipotência Invade Através da Fé
Quando você olha para alguns dos surpreendentes fatos que acontecem no cenário nacional e mundial, envolvendo tramas, facções, ciúmes, ódios, agressões, desvios, exploração e tantas outras coisas, você só pode concluir que tudo isso é resultado de manipulação por parte das forças invisíveis descritas em Efésios 6.12-16 e Colossenses 2.15. Essas forças, de acordo o último texto, foram totalmente derrotadas por Cristo na cruz. E a única solução para tais situações aterradoras e confusas é a intervenção do poder Soberano de Deus, impedindo o diabo de completar a ruína da humanidade.
É aqui que entra o homem ou a mulher de oração, essa pessoa chave por quem o Senhor Deus sempre procura, com a vitória da cruz de Cristo. Como Arão da antigüidade, ele “cessa a praga” (Nm 16.41-50), reverte a batalha, e “divide os despojos com os fortes” (Is 53.12). A onipotência invade a cena através da fé do povo de Deus, que clama com mãos erguidas para que a vontade de Deus seja feita. Se todos os estadistas conhecessem esse segredo simples mas profundo, o que o Senhor dos exércitos não faria por eles e com eles!
É assim que oro: apresento a Igreja diante dele. Em outras palavras, estou orando “por todos os santos”. É refrescante e estimulante sentir que é possível tocar qualquer um e todos através de Deus e adicionar o seu “Amém” ao deles, e os deles ao seu “no Espírito”. Esta união de um com outro em Cristo é maravilhosa – e é verdadeira: “a unidade do Espírito” (Ef. 4.3). Ouse mantê-la.
Apresento diante de Deus, também, nações, parlamentos, líderes e políticas, às vezes especificamente, às vezes como um todo, às vezes mencionando nomes, algumas vezes mencionando grupos. Não se trata de algo casual. Posso fazê-lo mesmo quando esteja envolvido com outro trabalho: “orando sempre … no Espírito” (Ef. 6.18). É algo que toma posse de você e não você que toma posse dele.
A Escritura me diz: “Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas” (Hb 4.13, NVI). Eu me apego a isso. “As nações são como a gota que sobra do balde; para ele são como o pó que resta na balança” (Is 40.15, NVI). Firmo meus pés nesses textos e obtenho uma visão maior de Deus. Experimente ler Isaías 40 quando você se sente no fim de todas as coisas. Depois apresente o texto em oração diante de Deus com um contínuo “Amém!”
A Oração é uma Atividade
Neste espaço, só podemos dar alguns pequenos relances desses caminhos de oração. O Espírito Santo ensina a todos que querem aprender. Mas orar é uma atividade, é como um negócio que requer tempo, investimento e dedicação. Esqueça de chavões e métodos. Procure alcançar Deus e os seus objetivos. Busque resultados. Con
te com a certeza de que Deus fará tudo o que prometeu. Algumas coisas você obterá agora – como que primícias; outras obrigatoriamente só virão no futuro, embora você viva no eterno agora de Deus e “chame à existência coisas que não existem como se existissem” (Rm 4.17). Fé como essa é um escudo invencível.
Persevere. Paulo exorta: “Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos” (Ef 6.18, NVI). Orar, suplicar, vigiar, perseverar. Mas por quê? Disponha-se para atacar os problemas em oração e com freqüência sentirá uma estranha ou desconhecida oposição, pois não há esfera tão ativa com estrategistas inimigos bem treinados como a invisível.
Mas pela cruz – pelo Cristo triunfante – Deus pode implementar a sua vontade e derrotar o inimigo todas as vezes.
Artigo extraído do site www.adorando.com.br