Durante o período eleitoral, vivemos um momento decisivo para a história da nossa nação, pois cada brasileiro é convocado às urnas para exercer seu direito de cidadão, o voto! É por meio dele que elegemos os nossos representantes e governantes, os quais determinarão o futuro do nosso povo e o destino do nosso país. Todavia é preciso votar consciente, com seriedade, prezando pelos valores e virtudes que beneficiam de um modo geral a sociedade e dignifiquem a moral da população. Baseando-se nessas verdades, convém ressaltar que o voto do cristão, vai muito além de uma expressão de cidadania, trata-se também de um ato de devoção a Deus. Portanto não podemos ser omissos ou relapsos diante de tão nobre incumbência que nos foi outorgada.
O cristão é um eleitor que entende que o voto em uma democracia trata-se de uma conquista do povo, a qual deve ser exercida com critérios e responsabilidades que enaltecem a justiça, a verdade e a dignidade mútua. O eleitor cristão não deve ser um apolítico alienado, que devido à corrupção de alguns e escândalos de outros condenam a todos, assumindo uma postura apática e indiferente em relação à importância da política. De fato, precisamos combater a politicagem promovida pela sórdida ganância do poder, da ostentação do status, da ambição da fama e da cobiça de opulências que impulsionam a muitos a candidatura eleitoral, os quais além de serem uma vergonha nacional, tornam-se também uma terrível paralisia ao desenvolvimento e crescimento do país. Infelizmente, esse mal vem ultimamente se alastrando de forma devastadora, tornado-se uma epidemia generalizada a qual necessita urgentemente ser dedetizada, através da integridade do voto consciente, que ainda é a arma mais eficiente para impugnar e exterminar tal praga.
O ato de votar é imprescindível para o genuíno cristão, pois representa sua contribuição e cooperação para com a sociedade, por conseguinte deve ser intransferível e inegociável, pois comercializar tal direito é negociar a moral e a verdade cometendo um crime eleitoral, e também um suicídio a fé e um homicídio a decência e ética cristã, tendo em vista o fato de que através do voto expressamos a nossa compreensão acerca da moralidade e exercemos nossa dupla cidadania na consciência de pertencer aos dois mundos, o terrestre e o celestial. O próprio Jesus ao ser questionado sobre tal assunto estabeleceu com deveras precisão a importância da participação cristã em causas sociais, ressaltando também o nosso compromisso com o reino de Deus: “Dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”.
O cristão deve ser um individuo politizado, atualizado e esclarecido que se posiciona no contexto ideológico, expondo suas opiniões, acompanhando atividades políticas, exigindo o desempenho de seus candidatos e, sobretudo, reivindicando o cumprimento dos direitos constitucionais, principalmente no que se refere à qualidade da educação, saúde, segurança e as mais variadas assistências sociais a população. O cristão é um cidadão consciente, que não se ilude com discursos demagogos, mas se preza em analisar o histórico de vida dos candidatos, observando se tais possuem devida conduta e honroso compromisso substancial com a filantropia e o altruísmo abnegado, fator preponderante para quem almeja a vida pública. O autêntico e genuíno cristão valoriza o seu voto, por meio dos parâmetros bíblicos, recusando-se votar em candidatos heréticos e heterodoxos os quais são inimigos da fé e profanadores do sagrado, cujos intentos visam institucionalizar a iniqüidade através do pecado da apostasia.
O voto do cristão deve ser tão autêntico quanto a sua fé e seus valores morais, pois ser “crente” nos tempos hodiernos é “tendência”, mas ser um verdadeiro cristão é ter compromisso com Deus e sua palavra. Por fim, entendo que antes de estarmos diante das urnas é preciso está diante do Senhor com temor e discernimento, rogando-lhe direção divina sobre o sagrado ato de votar, e se comprometendo com a intercessão em favor das autoridades constituídas, cumprindo assim a vontade do soberano Deus conforme o recomendado por intermédio das sagradas escrituras.
Pr. Sidney Osvaldo Ferreira