O grande propósito de Deus na criação da humanidade foi o de se prover de muitas pessoas semelhantes a Jesus Cristo. Todavia, ninguém pode responder ao citado propósito sem que seja perdoado e transformado pelo poder da graça do próprio Cristo.
Nem se encontra na esfera de capacidade e poder do próprio homem efetuar a referida transformação à semelhança da divindade porque possui uma natureza corrompida pelo pecado que se opõe a Deus e à sua vontade. Somente a graça de Jesus, em amor, pode quebrar a referida resistência e inimizade.
A mera tentativa de se guardar pelo próprio poder a Lei e os mandamentos de Deus, não pode realizar este trabalho de reconciliação e transformação, pois, como seria possível pela intenção de se observar as ordenanças, conseguir algo, como por exemplo, a consagração de si mesmo como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus? Como poderíamos implantar em nós mesmos as virtudes santas de Jesus Cristo, que são todas espirituais e invisíveis?
Vemos assim que dependemos inteiramente do poder operante da sua graça para tudo o que se refere a esta nova vida celestial que recebemos mediante a fé e o arrependimento, que nos conduzem à conversão. Este é o desafio colocado por Deus diante de todos nós, a saber, o de viver segundo a graça, e não de modo legalista, porque não é possível viver do modo que é exigido pela lei, a não ser por se viver na graça, em plena dependência da influência, direção, instrução e poder do Espírito Santo.
A lei não pode me ensinar a amar, a perdoar, a ser longânimo, misericordioso, paciente, sóbrio, humilde, benigno, alegre, pacificador, a ter domínio próprio, e tudo o mais que somente a graça pode nos ensinar e levar a ser e a cumprir. É somente pela graça que opera mediante a fé que podemos viver segundo as exigências da Lei.