Quando estudamos a nossa história vemos fatos que de tão marcantes nos deixam atordoados, fato que de tão embaraçosos chego a me preocupar sobre como os contarei às gerações futuras. Esses fatos que ilustram os livros de história como lições de um povo corrupto, rebelde, depravado são comuns na história da humanidade de toda a Terra.
Fico imaginando o dia em que meus filhos me perguntarem sobre quem foi Hitler e o que significou o holocausto judaico, tremo só de pensar no que meus filhos perguntarão sobre o governo militar e suas terríveis torturas, homens que sumiram durante anos, que deixaram famílias porque defendiam uma causa, homens que foram expulsos do país somente por seus ideais, ideais que em alguns episódios históricos foram proibidos, você tinha que sentir o que o governo desejasse, fazer o que ordenasse e não reclamar ou andar com alguém que pensasse diferente.
Fico aflito não somente pela violência, mas pela falta de ideais, pela falta de integridade, como explicar Collor? Como explicar o governo americano de Bush e sua guerra sem propósito inicial e final que somente culminou em mortes e nenhuma restauração.
Sobre a África, o que contarei a meus filhos sobre a Apartheid e quanto aos episódios em Angola? As guerras civis, mortes e assassinato que ocorrem a torto e a direito, estupros de ônibus escolares inteiros? E quando me perguntarem sobre aqueles que foram lá para restaurar o país, empresas inteiras que se corromperam e ao invés de ajudar na restauração do povo somente o exploram mais e fazem construções infinitas para retirar diamantes daquela terra.
E o que contar sobre a eleição de Obama? Não falo do presidente, mas da situação horripilante que nos defrontamos no ano anterior, onde o mundo inteiro comemorou por um negro ser eleito presidente? Como vou contar a meus filhos que o mundo antes deles nascerem era tão preconceituoso que uma eleição virou uma guerra de poderes raciais e que no final celebramos que “vencemos o racismo” concedendo que um “negro” fosse eleito?
Quando as guerras terminarão? Quando o racismo acabará? Quando a exploração findará? Quando os homens deixarão suas perversidades?
Esse sentimento sobre o que deixar às gerações futuras me deixou um tanto preocupado e confesso que por pouco não encharcaram meus olhos, porque a vergonha é imensa do que nossa gente já fez, tanto brasileiros, homens, mulheres, europeus, americanos, tudo o que fizemos ao mundo e com as pessoas do mundo, como humanidade que somos, é abominável.
Porém a Bíblia é maravilhosa, porque contém a resposta até mesmo aos nossos sentimentos mais profundos e complexos.
Terminei hoje de ler o Livro de Juizes e eu digo a todos os que quiserem ouvir, o final do livro de Juízes é horripilante e nos causa um sentimento de repulsa e aversão total ao que fazem. Além de toda idolatria reinante, a história do levita e sua concubina nos enchem de pavor.
Um levita teve sua concubina violentada durante toda uma noite e no final morreu, ele a dividiu em doze pedaços e enviou às doze tribos de Israel. Depois disso o povo se vingou dos benjamitas, que haviam feito aquela barbaridade, mas até mesmo a resolução e vingança foram cheias de depravação, morte e toda espécie de violência.
Mas o que quero dizer não é que a Bíblia é maravilhosa por nos mostrar isso, mas por nos ensinar a contar tais histórias.
No final do livro de Juízes tem uma frase que diz muito aos nossos corações, quando as questões sobre como contar as atrocidades dos nossos tempos a nossos filhos surgirem. Ele diz assim:
“Naquela época não havia rei em Israel; cada um fazia o que lhe parecia certo.” Jz. 21:25
Quando você contar a seus filhos sobre as atrocidades de nosso tempo, quando você contar a que ponto de insanidade coletiva nós chegamos como humanidade, a ponto de criar guerras por um pouco de petróleo, matar para mostrar que tal religião é vida, permanecer anos em uma terra para extrair os bens materiais e escravizar a população, você deve fazer como a Bíblia diz: “Naquela época não havia rei; cada um fazia o que lhe parecia certo”.
Quando você contar sobre estupros, assassinatos, seqüestros, todas as atrocidades que vemos em “séries de tv” e chamamos de entretenimento, de tão acostumados que estamos com essa posição mental reprovável a que o mundo se resumiu, diga isso: “Naquela época não havia rei; cada um fazia o que lhe parecia certo”.
Se tivéssemos um rei justo, se tivéssemos um líder que não fizesse tais coisas e não aprovasse tais atrocidades, o mundo seria um lugar melhor. Se tivéssemos um rei que tivesse temor a Deus e amor à vida, o mundo seria um lugar melhor.
Esse rei que digo não é Obama, não é o líder da União Européia, na verdade, ele não é nenhum líder que está no governo agora. Na verdade seu reino não é um reino ou governo político, mas sim um reinado celestial, não firmado na Terra, mas sim nos céus.
Esse líder é Jesus Cristo.
Quando Jesus, aquele que veio em forma de homem, nascido de Maria e concebido pelo Espírito Santo, aquele que era perfeitamente homem e perfeitamente Deus, aquele que viveu uma vida justa, o único homem que fez isso, aquele que pregou aos pobres, alimentou multidões, curou cegos, aleijados e toda a sorte de doenças e que no final de sua vida se entregou, mesmo sendo justo, para morrer pelos meus e seus pecados. Aquele homem que morreu e ressuscitou segundo as Escrituras, quando ESSE homem e não outro reinar nos nossos corações, então o mundo terá uma chance de mudar.
SE Jesus, que ainda vive hoje nos céus e nos prepara lugar, reinasse através do Espírito Santo no coração de cada um de nós, Igreja de Cristo, então a igreja seria diferente, não teríamos pastores corruptos ou falsos profetas pregando dentro de nossos templos, nós não teríamos igrejas vivendo por causa de dinheiro, não teríamos homens que se dizem vicários de Cristo, que não pode ter substituto, pois NÃO MORREU, não teríamos homens com governos mundiais da religião, mas teríamos Ele como rei, Ele, como disse Wycliff, seria nosso papa, Ele seria a cabeça da igreja e não um pecador qualquer com um manto sacerdotal feito por homens.
As vestes sacerdotais de nosso Rei, Jesus, são vermelhas, pois Ele morreu e com seu sangue lavou nossos pecados, seu cetro é de justiça e seu governo de verdade.
O mundo está assim, o mundo é assim, pois o mundo não tem um Rei como o Rei que reina em nossos corações, o mundo não tem a Cristo, o mundo não tem o sal que o conserva, por isso o mundo apodrece a cada dia com mais iniqüidades.
Sabemos que esse reino terrestre está para ser destruído, sabemos que a terra toda clama pela volta de seu Salvador e Redentor, mas até lá temos uma função como testemunhas vivas desse Senhor Jesus Cristo.
Temos que pregar que esse rei que está no mundo é corrupto, aquele que reina sobre a terra é mentiroso e somente levará o mundo e os homens à destruição, temos que pregar que esse líder vigente, Satanás, só trará mais destruição se a humanidade não se voltar para aquele que realmente merece o trono de nossos corações, Jesus Cristo.
Por isso, quando seus filhos perguntarem sobre essas atrocidades, responda: “Naquela época não havia rei; cada um fazia o que lhe parecia certo.”
Mas ore, para que quando seus filhos nascerem, exista um Rei em seu lar, ore para que existe um Rei em seu país, que esse Rei seja o único que merece o trono de nossos corações, Jesus.
O mundo precisa de um rei, o mundo precisa de Jesus Cristo.
Hosana! Salva-nos, Senhor!
Que Deus nos abençoe!
—
Silas Klein | pequenomestre.wordpress.com