E como vós quereis que os homens vos façam, da mesma maneira lhes fazei vós, também. – Lucas 6:31-32
Tenho observado muitos comentários de “irmãos” em sites cristãos, e cheguei a uma conclusão: há muito mais, bem mais condenação por parte daqueles que julgam a aparência dos outros, que misericórdia; há muito mais moralidade nas manifestações individuais e coletivas, que *Verdade; há muito mais frases “a mão de Deus vai pesar contra ti”, do que Deus te cubra de graça e misericórdia.
E isso é lamentável, pois não é isso que Cristo Jesus nos ensina. No texto acima Ele nos diz que aquilo que gostaríamos que fosse feita para nós, isso mesmo devemos fazer aos homens, aos outros, àqueles que de certa forma estão próximos. Jesus nos ensina a si colocar no lugar do nosso irmão, a sentir a dor que não é nossa, a abraçarmos o problema que não é nosso. Isso é compadecer-se, não endurecer.
Querido, eu te pergunto: Que tipo de ensino você tem seguido? Quem é o seu *Mestre?
Recentemente falei a um irmão em meu escritório, algo que ele não gostou, e esse por sua vez ao invés de dizer irmão pega leve comigo, não faz isso não, não me diga esse tipo de coisa, tem misericórdia de mim irmão, frases assim, o que ele afirmou foi: olha a mão de Deus irmão! Olha a mão de Deus! Claro, esse tipo de coisas acontece a todos nós, ameaças gospel, e para visualizar melhor eu ouso até dizer, macumba gospel.
Que evangelho estranho é esse que nos ensina a lançar maldições sobre nossos irmãos? Que jesus é esse que nos ensina lançar juízo (de aparências) sobre o próximo? Sinceramente, o Jesus que eu vejo nos Evangelhos não é assim. Aquele Jesus de Nazaré que teve misericórdia dos seus inimigos até mesmo em sua morte, dizendo, Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem (Lucas 23:34), aquele Jesus não era assim.
É fácil ser legalista e se auto afirmar em nossas crenças apontando o dedo para nossos irmãos. Você é pecador, você é um herege, você é um adúltero, você é um mentiroso, você é um traidor… É muito fácil fazer esse tipo de coisa; principalmente se eu me julgo mais santo (separado), mais fiel, mais puro, mais consagrado do que todo mundo; ah como é fácil se entregar a carnalidade manifesta pela falsa obediência a lei.
O que queremos que façam para nós, devemos fazer ao próximo. Onde fica a auto-afirmação nesse ensino de Jesus? Ele, sendo santo, se fez pecado por amor, Ele sendo justo, se fez injusto por amor, Ele sendo rico, possuidor de todas as coisas, se fez pobre, por amor… Foi tudo por amor!
E aqui eu novamente pergunto: Quem é o seu mestre?
Paz seja convosco!