Isaías 9.1-7
Introdução
A partir da próxima sexta-feira todos nós, se Deus quiser, estaremos assistindo ao filme de Mel Gibson, “A paixão de Cristo”. Esse filme tem trazido impacto à vida de muitas pessoas. Crentes e incrédulos têm saído das salas de cinema profundamente impressionados com as imagens que assistiram. O filme retrata as últimas doze horas de Jesus antes de sua crucificação. São cenas chocantes e, segundo Billy Graham, poderosos instrumentos na evangelização do mundo.
Contudo, é importante entendermos que a crucificação de Jesus não foi um acidente na história, ou melhor, o próprio Jesus não surgiu por acaso dentro da sociedade judaica e mundial. Nada aconteceu ou acontece por acaso. Deus é o Senhor da história! Há vários anos Deus já estava, por meio de seus profetas, anunciando o nascimento, a vida e a obra de Jesus. Pouco a pouco, Deus revelava à humanidade o seu plano de salvação para o ser humano. Algumas profecias e sinais já estavam sendo dados por Deus quanto ao nascimento e obra de Jesus. Uma dessas profecias acerca de Jesus é a que está registrada em Isaías 9.1-7, que diz:
“Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios. O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. Tens multiplicado este povo, a alegria lhe aumentaste; alegram-se eles diante de ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando repartem os despojos. Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre eles, a vara que lhes feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia dos midianitas; porque toda bota com que anda o guerreiro no tumulto da batalha e toda veste revolvida em sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo. Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do Senhor dos Exércitos fará isto.”
O aflito não continuará aflito
Atualmente, grande parte das pessoas tem andado aflita. A aflição pode ser causada por vários motivos. Alguns têm andado assim por causa da ansiedade; não conhecem o dia de amanhã e, por isso, ficam angustiados. Não sabem se no amanhã serão demitidos ou encontrarão emprego, se verão novamente os filhos ou continuarão sem encontrá-los, se terão saúde ou enfrentarão alguma enfermidade, se continuarão a viver ou enfrentarão a morte. E, terrivelmente, assim como um abismo chama outro abismo, uma aflição chama outra aflição.
Mas nem sempre foi assim. O homem nem sempre foi angustiado pela aflição. Houve um tempo em que ele desfrutava paz. Todavia, esse tempo acabou quando o homem decidiu desobedecer a Deus. A desobediência trouxe a aflição. Deus, por ser justo, não pôde inocentar o seu humano. Deus não pôde “dar jeitinhos”. Por isso Deus agiu retirando a proteção de sobre o ser humano e colocando-o sobre aflição. Todas as pessoas, indistintamente, de uma ou de outra maneira, têm vivido debaixo dessa condição.
Mesmo o povo de Israel, o povo de Deus, se encontrou nesta situação. A terra de Zebulom e de Naftali, território de Israel e ocupada por israelitas, foi tornada desprezível. Os inimigos invadiram essas terras e trouxeram aflição aos seus moradores. Eles perderam a casa e a liberdade. Foram expulsos do próprio território e experimentaram uma vida aflita, sem rumo e sem tranqüilidade. Contudo, Deus nunca se esqueceu de seu povo. Jamais foi o propósito de Deus deixar o ser humano mergulhado na aflição. A promessa de Deus é que o aflito não continuará aflito e, por isso, Deus proclama a sua Palavra e diz: “Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos Gentios.”
Deus se volta para o Seu povo, para aqueles que estavam andando aflitos, e promete que eles não serão esquecidos. Os aflitos não serão deixados na obscuridade. Eles não permanecerão prisioneiros dos inimigos. Todos aqueles que, de alguma maneira, foram humilhados e desprezados, experimentarão grande honra. Deus reverterá o quadro da humilhação e do desprezo; Ele arrancará a angústia e a aflição do coração do Seu povo.