Uma das coisas que aprendemos na propaganda é que o maior auxílio dos vendedores que esperam lucrar com seus clientes é o impulso consumista. Pelo impulso na hora das compras a maioria das pessoas acaba se endividando e comprando, por muitas vezes, materiais desnecessários e que talvez nunca usem.
Impulsos assim não estão presentes só ao comprarmos algo, mas também quando presenteamos alguém ou em qualquer situação de nossas vidas em que agimos sem meditar sobre um assunto. Quando não pensamos mais de uma vez sobre uma decisão podemos tomar uma má decisão, o que dizemos ser uma atitude impulsiva.
E a atitude impulsiva poderia ser muitas vezes sanada se, ao invés de comprarmos algo que desejamos na hora que desejamos, esperássemos mais um dia e pensássemos se realmente precisamos daquilo, se realmente queremos gastar aquele dinheiro ou fazer determinada coisa. Uma noite de sono pode acabar com muitas contas e atitudes impulsivas que você tem em sua vida.
O que me fez lembrar disso foi a Palavra de Deus, em minha leitura devocional diária.
Estava lendo a história de um dos últimos discursos do rei Davi, registrado no livro de 1 Crônicas em um momento que ele faz um pedido que não era comum à época, embora seja comum nos dias de hoje, Davi pede que o povo contribua voluntariamente para a obra do Senhor (1Cr 29.5), a construção do templo, que seria realizada por seu filho, Salomão.
E muitas pessoas contribuíram naquela ocasião, fato que Davi louvou ao Senhor em seguida. Mas o que me espantei foi a atitude do povo no dia seguinte:
“E ao outro dia imolaram sacrifícios ao SENHOR, e ofereceram holocaustos ao SENHOR, mil bezerros, mil carneiros, mil cordeiros, com as suas libações; e sacrifícios em abundância por todo o Israel.” 1Cr 29.21
Se deixássemos uma noite se passar entre o impulso e a atitude, nós não faríamos muitas coisas que fazemos no nosso dia-a-dia. Não compraríamos muitos daqueles doces que estão na gôndola do caixa do supermercado, não compraríamos algumas revistas que ali estão, entre outras coisas.
E o interessante é que o povo de Israel fez o contrário disso. Muitos dos homens que não contribuíram com ofertas no dia anterior o fizeram com sacrifícios no dia seguinte, ao invés de agir pelo impulso de oferecer algo, eles esperaram que uma noite se passasse entre o pedido e a atitude de oferecer sacrifícios ao Senhor.
Irmão e irmã que lêem essa devocional, gostaria de deixar uma mensagem para você hoje: A sua adoração não é impulsiva e não deve ser.
Eu não digo aqui do dízimo ou ofertas, eu não digo aqui sobre a sua forma de adorar, como ela é ou não é. O que digo é que nós não adoramos a Deus por um impulso, não adoramos a Deus porque não “pensamos direito no que fazemos e por isso O adoramos”, de forma alguma, nós adoramos a Deus porque pensamos muito sobre isso e chegamos à verdadeira resposta que é de que somente adorando a Deus cumpriremos nosso propósito de vida.
Você e eu não adoramos por um mero impulso psicológico ou uma manipulação de massas. Não. Nós adoramos porque amamos o Senhor com toda alma, força e entendimento e o entendimento, o nosso arrazoar também ama ao Senhor, assim como nosso coração e força, ele nos indica o que correto e melhor, que é adorar ao Senhor.
Por isso eu digo hoje, não adore por impulso, mas adore como o povo de Israel, pensando se é certo fazê-lo, pensando em como fazê-lo, porque assim você verá que adorá-Lo é o certo a se fazer e assim adorará a Deus servindo ao seu próximo, porque é certo fazê-lo, o adorará louvando ao Senhor com salmos juntamente com seus irmãos, porque é o melhor a se fazer.
Adore, não pelo impulso consumista, psicológico ou da carne, mas adore pelo impulso do Espírito que testifica com nosso espírito que somos filhos de Deus e assim a razão e a verdade mostrará que a única coisa que podemos fazer é bendizê-Lo, porque grande e eterna é a Sua misericórdia.
Que Deus o abençoe!
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Silas Klein | pequenomestre.wordpress.com