Acordei pensando no papel da mulher. Fiquei examinando a mim mesma e a minha mãe, que é a primeira mulher que conheci. Como nossas vidas são diferentes, porém as expectativas em relação a marido, filhos não mudaram.
Quando engravidamos é muito engraçado, se é menino compramos carrinhos para enfeites ou bolas. Se for menina lá vêm bonecas, roupinhas rosa, muito bibelôs no quarto e nada prático como os meninos. Os cuidados também são tão diferentes, se cai corremos para proteger, se chora damos colo e consolamos se é menino, cai logo dizemos: você é homem, levanta, você é forte. Se chorar ainda costuma falar: homem não chora, morde abelha.
Ao chegar à adolescência queremos proteger nossas filhas de namoricos, ficar, garotos maldosos. Mas os meninos têm que ser namoradores, machões, durões e conquistar o máximo possível. E com quem? Tem que ser com as meninas desde que não seja a minha. Pensam muitas mães.
Hoje, em pleno 2009, o que mudou então? Muito, porém nada. Estamos trabalhando fora e dentro de casa. É muito difícil uma mulher que seja casada que não tenha que administrar o lar e o emprego fora, que não durma tarde por causa dos filhos, marido e a casa. E as que não são casadas estão loucas para encontrar alguém. Príncipe encantado já não dá mais, mas quer alguém tipo galã da novela das oito. Esquecem que o tal tipo trai a mulher, que a esposa é tratada como megera na mesma e só a amante é bonita, gostosa e atenciosa. (ritos de galãs de novela) Vai um galã deste ainda?
Sonhamos com filhos, casa e marido. Algumas estão tendo filhos de forma independente, como se existisse filho independente teve que ter um pai, mesmo que o pai nunca aparece. Precisou dele, mas não admite. Coitada não sabe a escolha que está fazendo! Mal para ela, para a criança e para a sociedade que terá que aquentar um adulto como este. Sem o referencial de pai.
Essa é uma escolha comum nas mulheres atuais, serem independentes em tudo. Tem seus próprios carros, compram suas próprias jóias e dão conta de se manter lindas, jovens e na velhice descobrem que esta escolha não foi a melhor.
Na faculdade elas estão em maioria, mas não estão tão diferentes quando os homens eram maioria, bebem muito, fumam iguais ou mais em determinados momentos de pressão. Brigam como se não fossem mulheres, falam auto e competem o tempo todo para provar que são capazes.
Um dia desses li não sei onde que o mundo será das mulheres, fiquei triste, não dá. Elas são indecisas por natureza, e mandam de forma rude por medo de perder o poder. E eu gosto da mistura dos dois elementos. Homem e mulher juntos. Dá uma mistura igual arroz e feijão. Completam-se de forma gostosa harmoniosa e o local tem cheiros distintos.
A mulher moderna trabalha tanto quanto a antiga, só não temos mais paciência para agüentar marido trair e ficarmos de cabeça baixa. Não suportamos mais apanharmos e ficarmos caladas como se isso fizesse parte da nossa vida. Podemos comprar nossas jóias sem usar a que ele achou bonitas. Passamos o nosso batom para nos mostrar bonita. Compramos nosso carro para podermos deslocar tranqüilas e não somente quando eles quiserem nos levar, e se não tivermos carros, vamos de táxi de ônibus e moto táxi, mas ficar em casa chorando por não ter quem nos levar já era.
A mulher moderna só precisa aprender algo, não precisamos ganhar o mundo, ele já foi conquistado. Não precisamos ficar igualando ao homem para mostrar nada, ganhe seu espaço de forma feminina, doce. Não precisa beber tanto para mostrar que pode, você pode, mas não deve. Não combina mulher falando bobagem por estar bêbada, se exibindo sensualmente após uns goles.
A família não acabou, precisamos voltar a sonhar com a nossa, não é coisa da nossa avó, é para hoje também. Podemos ter família, emprego, sonhos e sermos felizes. Não precisa se dar de forma barata para conquistar. Você consegue, talvez de forma mais lenta, porém mais honrosa. Limpa e digna de louvor familiar.
As mulheres guerreiras deste Brasil e mundo, parabéns pelas conquistas. Vamos caminhando para que possamos ter em breve uma família unida, sem brigas por espaço e que possamos viver as diferenças de forma cômica, divertida e com um olhar feminino de volta. Não precisamos rasgar o sutiã para conquistar, precisamos ter um coração de mulher e a força da leoa. Avante guerreiras sem armas.