Na década de 70 havia cerca de 10 megatemplos ou megaigrejas nos EUA; na de 80, cerca de 50; e hoje, o número ultrapassa 1.800.
Será isto um avivamento?
O recuo da apostasia profetizada para os últimos dias?
O que levou à grande concorrência de pessoas aos templos das megaigrejas?
Consistência bíblica do evangelho pregado? Arrependimento? Conversões genuínas? Busca de salvação e santificação?
Ou a suntuosidade dos templos; os cenários que são usados para eventos nos templos, considerados verdadeiros espetáculos teatrais e musicais? Ou os equipamentos eletrônicos de som, imagem e luz; os amplos e confortáveis assentos, estacionamentos e equipamentos para ginástica, praças de alimentação, e tudo o mais que possa entreter com requinte e charme?
Nunca é demais lembrar que a conversão a Jesus Cristo e a manutenção da nossa comunhão com Ele, sempre é precedida por arrependimento.
Como não há quem não peque… na vida de genuínos crentes, sempre será visto o arrependimento que conduz à contrição de espírito, e esta à restauração da comunhão com nosso Senhor Jesus Cristo.
Agora, quanto pode contribuir para isto a pregação típica das megaigrejas voltada para prosperidade material, e para produzir emoção e deslumbramento nos assistentes?
O que motiva a maioria das pessoas que frequentam estas igrejas: participar de uma programação deslumbrante, de um agradável entretenimento, de uma busca de aprendizagem de como se conseguir prosperidade mundana?
Quem disciplina quem segundo a norma do evangelho de fazê-lo com longanimidade e doutrina? Quem exorta quem à busca de uma maior santidade de vida? Quem conhece o estado espiritual do irmão ao seu lado nos cultos para encorajá-lo à prática do amor e das boas obras?
Como o pastor conhecerá o estado de cada uma de suas ovelhas segundo a ordenança bíblica, de olhar por si mesmo e por todo o rebanho que foi colocado pelo Espírito Santo debaixo do seu cuidado, para ser apascentado por ele? (Atos 20.28)
Como fazer tudo isto quando a religião é tratada como se fosse um grande negócio comercial como outro qualquer?
Quando o que dita e incentiva o crescimento são técnicas administrativas e de mídia seculares, seguindo as mesmas regras das grandes casas de espetáculo do mundo?
A moda está se espalhando pelo Brasil e pelo mundo afora, e tende a crescer cada vez mais, porque é inegável que o chamado evangelho eletrônico e de espetáculo é algo imensamente lucrativo do ponto de vista financeiro.
Com mão de obra não remunerada, com isenção de taxas e impostos, e com um produto que não gera custos na sua produção, o lucro financeiro é líquido e certo.
Se toda esta multidão estivesse debaixo da pregação de Jesus e dos apóstolos, sendo-lhe exigido que vivesse em estrita conformidade com a norma bíblica, é bem provável que de mega restariam os templos, mas já não mais as igrejas, porque é certo como costuma ocorrer até mesmo em congregações pequenas: maior é o número de evasões do que de permanências, porque a parábola do semeador se cumpre onde o verdadeiro evangelho é pregado, ensinado e aplicado nas vidas dos crentes.
A Igreja de Laodiceia se vê a si mesma como muito forte e não necessitada de qualquer graça de Deus para prosperar; e por isso nosso Senhor diz que ela é na verdade pobre, cega, miserável e nua. A Igreja de Filadélfia recebe do Senhor a atestação de que tem pouca força, todavia é forte e irrepreensível por depender da Sua graça.
Cada um tire a sua própria conclusão, acerca disto que não é um fenômeno e nem um avanço do evangelho, senão o cumprimento da profecia relativa à apostasia, e por conseguinte, da necessidade da chamada ao arrependimento que encontramos no livro de Apocalipse sendo dirigida à maioria das igrejas ali descritas.
Recentemente o Presidente dos EUA disparou contra a Bíblia e contra os evangélicos numa dessas megaigrejas, e pasmem, foi aplaudido pelos presentes ao culto. Aquela Igreja foi colocada à prova pelo Senhor, e negou o Seu nome e Palavra, que é típico de ocorrer com Laodiceia, mas jamais com Filadélfia.