Texto: “Aquele que diz: Eu conheço-o e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele. Aquele que diz que está nele também deve andar como ele andou” (I João 2:4-6).
Guardar os mandamentos de Cristo é o sinal evidente que acompanha todo o cristão verdadeiro – é o fruto que se espera como resultado da semente do Evangelho que nasceu em nossos corações.
Aquele que se diz cristão e vive em pecado é semelhante a um produto de marca falsificada que traz a etiqueta, imita o original, mas não tem qualidade e a durabilidade dele. Além de enganar o comprador, esse produto depõe contra o controle de qualidade da marca falsificada. Essas pessoas, joio no meio do trigo, estão inevitavelmente no mesmo campo de ação dos cristãos verdadeiros, são perfeitas imitações, mas vivem de forma pecaminosa.
O apóstolo Paulo argumentando com os judeus disse-lhe que, apesar deles viverem na condição de “povo de Deus”, os seus pecados deram ocasião aos gentios blasfemarem do nome de Deus (Rm 2:24). Da mesma maneira, hoje, os pecados das igrejas liberais ou dos crentes professos dão ao ímpio motivos para blasfemarem do nome de Cristo. Aqueles que assim procedem, João declara que são mentirosos e não tem em si a verdade de Deus.
Quando o cristão obedece aos mandamentos de Cristo, ele demonstra de forma exuberante os feitos de Deus em sua vida. A evidência mais clara que o mundo pode ver como demonstração do poder do Evangelho é a maneira santa e justa como você e eu vivemos. Cristo está junto ao Pai e o crente tem de andar como Ele andou. “Aquele que está nele também deve andar como ele andou.” Daí o texto bíblico dizer que a mensagem que ouvimos e anunciamos é para que mantenhamos comunhão com o Seu povo, e “a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo” (I João 1:3). Enquanto nossos pecados nos separam de Deus, o fato de estarmos em Cristo nos aproxima de Deus, “derrubando a parede da inimizade” e permitindo uma vida de comunhão com Deus. Só aquele que sabe quem Cristo é, conhece Suas obras e aprendem a viver em obediência à sua palavra pode entender a dimensão extraordinária do Evangelho de Cristo. Como cristãos, não nos compete julgar os outros cristãos, mas somos ensinados a examinarmos a nós próprios. “Porque, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados. Mas, quando somos julgados, somos repreendidos pelo Senhor, para não sermos condenados com o mundo” (I Co 11:31-32). “Se vivemos no Espírito, andemos também no Espírito” (Gl 5:25). Aquele que permanece nele, esse deve também andar assim como ele andou.”
Querer ser justificado mediante a fé em Cristo, sem o compromisso de seguí-lo significa fracasso.